Doria alfineta Bolsonaro durante coletiva
Durante entrevista coletiva concedida hoje (25), pelo governador de São Paulo, João Doria, ele falou sobre uma conferência entre governadores do sudeste e o presidente Jair Bolsonaro juntamente com parte de seus ministros nesta segunda-feira. “Fiquei decepcionado com a intervenção feita pelo presidente da república Jair Bolsonaro em rede nacional. Não é uma ‘gripizinha’, não é um ‘resfriadinho’ é a maior crise de saúde pública do país. Peço ao presidente para não politizar esta crise”, afirmou o governador de São Paulo João Doria em entrevista coletiva.
“Não admitiremos o confisco de respiradores no Estado de São Paulo. Não admitiremos confisco de medicamentos ou equipamentos médicos, pois São Paulo é o epicentro da doença no país, onde estão concentrados a maior parte dos casos e mortes”, afirmou ainda Dória, sobre a notícia que o governo federal poderia determinar o confisco de respiradores e insumos para o combate ao coronavírus.
“São Paulo está a frente da briga pela vida, queremos salvar pessoas, não há briga política neste momento, espero que o presidente da república compreenda a importância de priorizar a vida neste momento”, declarou Doria ao ser questionado por uma possível briga política entre ele e o presidente Jair Bolsonaro.
Embasado em uma pesquisa do Datafolha , João Dória alfinetou Bolsonaro dizendo que ” presidente da república mais atrapalha do que ajuda”, falando sobre seus atos e pronunciamentos durante a crise proporcionada pelo coronavírus.
Sobre um possível pedido de impeachment de Bolsonaro, o governador disse que cabe ao congresso nacional tomar essa decisão e que a opinião pública também pode corroborar com o andamento do processo.
O secretário da Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, na oportunidade, informou que até às 16h da terça-feira, 24, foram registrados oficialmente 2.201 casos de coronavírus no Brasil, sendo 810 no Estado de São Paulo, já os óbitos registrados foram 46 em todo o Brasil, sendo 40 só no Estado de SP onde há o maior número de contágios.
O prefeito da capital paulista Bruno Covas, disse que, orientado pela equipe técnica, estuda novas medidas que restrinjam ainda mais a circulação de pessoas em São Paulo, principalmente por parte das pessoas com mais de 60 anos. “O estado de São Paulo tem mais de 6 milhões pessoas com mais de 60 anos e por isso não podemos colocar a economia acima da vida”, complementou o governador sobre o comentário do prefeito Bruno Covas.