Surto de sarampo preocupa gestores de saúde
No momento em que gestores de saúde e governantes de todo o país somam esforços para combater a pandemia da Covid-19, as cinco regiões do país sofrem um surto de sarampo. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 29 de dezembro do ano passado e 20 de junho deste ano, foram confirmados 4.958 casos da doença em 20 estados brasileiros, além do Distrito Federal.
Os estados do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina concentram 96,8% de todos os diagnósticos de sarampo no Brasil, com 4.804 casos confirmados. De acordo com o Ministério da Saúde, o Pará lidera o ranking de registros (2.618) e de óbitos (3). A Secretaria de Saúde do estado (Sespa) confirma um número ainda maior de casos, com 3.759 registros.
De acordo com a pasta, os jovens paraenses com idade entre 20 e 29 anos de idade são os mais atingidos pela doença e os municípios com a maior concentração de casos de sarampo são: Belém (1.233), Ananindeua (418), Breves (244), Abaetetuba (217) e Marabá (183).
Segundo Sâmia Borges, diretora de epidemiologia da Sespa, há estoque suficiente de vacinas contra o sarampo no estado, mas a procura é muito baixa, especialmente durante a pandemia da Covid-19. No Pará, a cobertura vacinal, neste ano, atingiu apenas 7% da meta. “A baixa procura pela imunização vem causando a baixa cobertura [vacinal]. O estado destina as vacinas aos municípios, mas a procura pela mesma está pequena”, afirma a superintendente.
Segundo o Ministério da Saúde, existem três vacinas que protegem contra o sarampo. Entre elas está a tríplice viral que é aplicada em duas doses. Além do sarampo, vacina protege contra a caxumba e rubéola. Entre os sintomas da doença estão febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos e mal-estar constante. A transmissão pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias depois do aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo.