Brasileira salva vidas em Londres!
Única brasileira do Reino Unido na linha de frente
no combate do COVID- 19!
Parece fake news, mas é verdade e tem uma história bem bacana atrás desse título que daria um livro de autobiografia. O nome dessa personagem real é Priscila Currie, Paramédica em Londres – perfil como é conhecida em suas redes sociais, onde ganha a cada dia mais seguidores, tanto por sua dedicação ao trabalho quanto por seu lado humorista. Sim, ela tem um carisma sem igual, talvez seja um válvula de escape para conseguir lidar com a dor, morte e tantos desafios nesta profissão que não existe aqui no Brasil.
A Priscila nasceu no Rio de Janeiro e aos 03 anos foi para o Japão com seus pais. Aos 06 anos de idade, voltou com a família para o Brasil onde cresceu na serra do RJ, em Petrópolis. Há 17 anos, foi para o Reino Unido melhorar o seu inglês e acabou ganhando uma profissão: a de Paramédica.
O primeiro emprego da Priscila foi de voluntáriado, dedicando 40 horas semanais para ajudar crianças com deficiências sérias e em troca recebia um quarto para morar, comida e £30 por semana ( St Christopher School situada na cidade de Bristol). Trabalhava como cuidadora e assistente na hora da escola com crianças entre 03 e 17 anos, seriamente debilitadas, algumas com doenças terminais. Sem experiência nenhuma na época, e com um inglês básico, ela teve que aprender a trocar fraldas, dar banho e cuidar deles, muitas vezes, durante suas convulsões diárias.
Um ano depois, Priscila se apaixonou por Londres e decidiu morar no País. De lá pra cá, um trajeto de muito trabalho, estudos e lutas – hoje em dia, a paramédica trabalha para o sistema único de saúde Britânico, o NHS com a “London Ambulance Service”.
Formada em “Paramedic Sciences”, pela St George’s University of London, uma das melhores universidades clínicas do mundo, também trabalha como “Fast Response Senior Paramedic” sozinha em um carro de ambulância. E tem como meta ainda explicar a toda população o que é o trabalho de um paramédico e qual é a diferença com os medicos.
“O Paramédico tem um conhecimento mais focado em emergências fora do hospital e atua no que fazer, como tratar e resgatar os pacientes no que chamamos de “Golden Hour”, ou seja, no momento mais crítico, após um acidente ou episódios de emergências clínicas, por exemplo um ataque cardíaco ou um AVC. A nossa responsabilidade é manter o paciente vivo e estável até a chegada dele ao hospital, onde os médicos passarão a ter a responsabilidade pelo paciente”, enfatiza a especialista.
Em 2017, Priscila criou a sua própria empresa privada, intitulada de “Yay First Aid – Learn from 999 Paramedics!” – que tem como objetivo ensinar e certificar o público em geral ( também as empresas) de fazer para salvar vidas em momentos críticos! A Paramédica e seu time também ensinam primeiros socorros em Português e oferecem certificados em Inglês! www.priscilaparamedicalondres.com
Linha de frente no combate do Coronavirus no Reino Unido
Segundo a Paramédica em relação ao Covid -19, não se sabe ainda exatamente o número de mutações dessa nova doença. Estudos científicos estão sendo realizados pelo mundo todo e até agora tudo são especulações, infelizmente. Mas, o fato é que as emergência se multiplicam por aí e por causa da pandemia.
“Muitas pessoas descrevem dores fortes pelo corpo, calafrios, fadiga, uma dor por toda a cabeça e na nuca Os sintomas graves são febres muito altas que não melhoram após tomar remédio e duram mais de três dias, falta de ar mesmo quando a pessoa está sentada, lábios azulados e a pessoa fica super pálida e sem energia até para sentar na cama, tontura e fraqueza. Eu só atendo os pacientes com complicações graves da doença e posso afirmar que na minha experiência que grande parte são idosos e pessoas já debilitadas, mas também atendo pessoas novas e saudáveis com formas graves do coronavírus”, diz Priscila.
Alguns alertas:
– Não caia em Fake News – o pânico gera caos e isso sim irá causar ainda mais mortes e sofrimento. O que precisamos fazer é nos manter informados e termos muita cautela. Desta maneira, vamos conseguir diminuir a velocidade de propagação do vírus e ajudar o sistema de saúde a lidar com as pessoas que realmente precisam.
– Máscara – ela tem que cobrir também o nariz e não pode ser usada em crianças menores de 02 anos de idade pelo risco de sufocamento – mantenha seus filhos protegidos e evite lugares aglomerados. As mascaras de pano feitas em casa devem ser lavadas com detergente e água quente, após cada uso.
– Usar ou não as luvas? Eu não gosto de luvas, pois elas nos dão uma falsa impressão de higiene e a maioria das pessoas não sabe usa-lás, isto é, contaminam ainda mais as coisas.
Questionada sobre o título de heróina da saúde, Priscila explica: “ Me sinto privilegiada de poder ajudar os que precisam e me emociono quando recebo o carinho e respeito da população daqui do Brasil também, pois é meu País natal e que tenho muito orgulho. Quando batem palmas e nos agradecem, eu me sinto super feliz por nossa luta diária! Nosso trabalho não é fácil, mas é minha missão. Espero incentivar novos profissionais dessa area”, finaliza Priscila Paramédica de Londres.