Procuradoria da Mulher apoia programa contra violência doméstica
Fotos: Robson Cotait
A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Osasco é uma das parceiras do programa “Escuta Involuntária”, que promove ações de conscientização sobre violência doméstica.
Lançado na última terça-feira (21), o programa vem percorrendo os bairros da cidade para levar informações e orientações por meio de carros de som. A procuradora do órgão, vereadora Ana Paula Rossi (PL), acompanhou as ações.
A primeira região contemplada com as ações foi a Zona Sul (dias 21 e 22). Na quinta (23) e sexta-feira (24) os carros vão percorrer bairros da Zona Norte. Na semana que vem, as ações continuam, até que todas as regiões da cidade sejam visitadas.
PARCERIA COM SESC E PREFEITURA
Segundo Ana Paula Rossi, o projeto Escuta Involuntária nasceu de uma parceria entre o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Prefeitura do Município de Osasco (PMO), por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da Guarda Civil Municipal (CGM), que integram o programa Guardiã Maria da Penha.
A Câmara de Osasco, por meio da Procuradoria da Mulher, participa da divulgação das ações do projeto, via canais oficiais de comunicação. “É uma parceria que visa à prevenção da violência doméstica, incentivar as denúncias com relação à violência doméstica e informar que existe um espaço para que a pessoa se comunique, se expresse e que faça a denúncia”, explica.
Para a vereadora, o Escuta Involuntária é uma ação de vital importância. “A informação ainda é o nosso instrumento de combate à violência doméstica”, justifica.
Ana Paula Rossi foi convidada para integrar o projeto por apoiar várias ações de conscientização e combate à violência doméstica no município.
O programa Guardiã Maria da Penha, por exemplo, foi criado por iniciativa da vereadora, que participou ativamente de discussões com profissionais da área e encaminhou a minuta do projeto ao Poder Executivo Municipal, para que a matéria fosse transformada em projeto de lei pelo Executivo, votada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito Rogério Lins (PODE), em abril.
TRABALHO DA PROCURADORIA NÃO PARA
A pandemia de Covid-19 acabou agravando os casos de violência doméstica em todo o Brasil. Em Osasco, a situação não é diferente, conforme explica a vereadora. “Infelizmente as informações não são boas. Acredito que, por conta do isolamento social, isso acabou favorecendo situações de agressões”.
De acordo com Ana Paula, a porta de entrada desses casos tem sido a Secretaria de Saúde, o que significa que a procura por ajuda só acontece quando a agressão exige atendimento especializado. “Isso nos preocupa bastante”, lamenta.
Ana Paula explica que o trabalho da Procuradoria não parou. Ao contrário. A vereadora continua atendendo a população, seja por meio das redes sociais ou presencialmente, quando a situação exige. Nesses casos, os cuidados são redobrados, com o uso de álcool em gel, máscara de proteção, distanciamento e janelas abertas.
“Principalmente nesse momento o trabalho não pode parar e eu continuo à disposição de todas as mulheres que procuram para atendê-las”, completa a vereadora, que faz parte do grupo de risco por ser transplantada.
Ana Paula Rossi finaliza agradecendo o presidente da Câmara de Osasco, vereador Ribamar Silva (PSD), pelo apoio dado ao trabalho da Procuradoria Especial da Mulher. “É um espaço que faz a diferença na vida das pessoas, e é mais um instrumento para somar com o Centro de Referência da Mulher Vítima de Violência, Coordenadoria Especial da Mulher e com os trabalhos desenvolvidos pela Guardiã Maria da Penha, pela GCM e pela Secretaria de Saúde, através da Rosana Terrabuio”, conclui.
ATENDIMENTO
O atendimento na Procuradoria Especial da Mulher da Câmara segue durante a quarentena, mas acontece apenas de forma remota. Denúncias e pedidos de informação podem ser encaminhados para o e-mail: mulher@osasco.sp.leg.br.