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Receita Federal adverte população sobre o “golpe do amor”

APP IRPF - 23-03-2018 - A Receita Federal tem um aplicativo próprio para facilitar o envio da declaração do Imposto de Renda. O APP Meu Imposto de Renda pode ser utilizado em dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones.

Golpe consiste na cobrança por liberação de encomendas. A Receita Federal não exige pagamento em espécie ou depósito em conta corrente. Todos os tributos aduaneiros são recolhidos por meio de DARF. Alfândega de Guarulhos alerta para uso de PIX por golpistas.

A Receita Federal continua recebendo um número crescente de ligações de vítimas do golpe de encomendas. Trata-se do já conhecido “golpe do amor”.   

Na Alfândega da Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, constatou-se um aumento no número de ligações e de e-mails de contribuintes querendo confirmar a instrução que receberam para efetuar depósitos em contas de determinadas pessoas físicas para terem liberados valores ou encomendas supostamente retidos pela Receita Federal. As ligações diárias, que eram de cerca de 12 em 2019, passaram para uma média de 24 em 2020 e chegaram a 35 em 2021.  

Uma novidade detectada pela Alfândega de Guarulhos é que os golpistas passaram a solicitar transferência por meio de PIX com o número da chave. Em alguns casos, a vítima recebe um documento com o título “Desembaraço Alfandegário” com descrições falsas, geralmente informando a chegada de um pacote de dinheiro, dados da conta, forma de pagamento PIX e o valor a ser pago.  

Entenda o golpe

No “golpe do amor”, são feitas exigências de valores para que as vítimas tenham acesso a bens e dinheiro em espécie supostamente retidos em aeroportos.   

A Receita Federal já recebeu relatos de casos em que golpistas fizeram propostas de casamento e anunciaram que mandariam caixas contendo presentes diversos, inclusive anel para o noivado ou dinheiro estrangeiro em espécie. 

Por vezes, o golpista, diz que quer morar no Brasil. A suposta encomenda conteria parte da sua mudança para o país ou algo de valor enviado a título de presente para a vítima. Alegando que a encomenda estaria retida na alfândega, pede para vítima fazer reiterados depósitos ou transferências em conta corrente, para promover a sua liberação.   

Em outros casos, a quadrilha cria um roteiro de doença grave e são enviadas fotos da pessoa (fictícia) sendo medicada. O golpista informa o envio de seus bens e dinheiro para a vítima e pede depósito de valores para o tratamento, justificando que tudo o que tinha já teria sido enviado para o Brasil. A vítima então procura a Receita Federal para receber a encomenda e descobre que ela nunca existiu.  

Como acontece  

O golpe costuma ter início por meio de redes sociais. Os golpistas criam perfis falsos, passando-se por estrangeiros em boas condições financeiras e com empregos prestigiados e estáveis.    

Para dar credibilidade, chegam a criar sites falsos de empresas de remessas expressas (courier), inclusive com falso rastreamento da suposta encomenda, e encaminham mensagens com informações de contatos falsos de Fiscais da Receita Federal.   

Orientações  

Nos casos de encomendas enviadas por Remessa Expressa, pode-se confirmar se a empresa está habilitada no Brasil no link https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/manuais/remessas-postal-e-expressa/empresas-autorizadas-a-operar-na-modalidade-remessa-expressa 

Em caso de dúvidas, o contribuinte pode entrar em contato com a Receita Federal por meio do Fale Conosco no link https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco 

Caso a pessoa considere estar sendo vítima de ação fraudulenta ou de tentativa de estelionato, é importante que registre a ocorrência em delegacia especializada.   

Portanto, a população deve ficar atenta e observar as seguintes recomendações da Receita Federal:   

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