“Estamos chegando a 100 mil doses de vacina contra a covid-19”, afirma Furlan
O prefeito de Barueri, Rubens Furlan, reuniu a imprensa na tarde de quarta-feira (9) para prestar contas das ações do seu governo em relação à covid-19. Acompanhado pelo vice-prefeito Beto Piteri e também pelo prefeito de Itapevi, Igor Soares, Furlan, também criticou a estratégia do governo federal para a campanha de vacinação da população.
“Desde o início nós montamos uma estrutura que vai além da estrutura normal de saúde que nós tínhamos para imaginar o momento crucial que nós chegamos com 400 leitos de UTI e enfermarias. Depois que foi diminuindo a demanda, não diminuímos a estrutura montada antes para atender os pacientes com covid-19. E dessa forma equilibramos a estrutura para atender também pacientes com outras patologias”, disse o prefeito, em resposta ao jornal A Rua.
Furlan também destacou que a cidade passa das 100 mil doses da vacina aplicadas na população de Barueri. “Nós também mantemos a nossa estrutura permanente para os testes coronavírus com PCR. Nossos testes até mostram se a pessoa tem imunidade contra a doença”.
O prefeito também reiterou a vacinação de servidores que estão na linha de frente de diferentes serviços públicos, como professores, também da área de promoção social, da educação, oficiais de Justiça e dos parques públicos. “Todos esses servidores têm contato com as pessoas nas ruas e precisam ser imunizadas”.
Furlan disse que, se o governo tivesse iniciado a campanha de vacinação com as pessoas de 30 anos em diante, o Brasil estaria em outra situação em relação aos números de mortes e contágio por covid-19. “Agora nós vamos avançar muito rapidamente e também vamos avaliar com os prefeitos da região, inclusive com o Igor de Itapevi, que está conosco aqui hoje, se é viável a compra da vacina da Rússia para nossas cidades”, disse.
Furlan e Igor Soares lamentam falta de liderança para o Brasil na pandemia
“Devíamos ter um líder para liderar o Brasil no pior momento do século e no entanto nós não pudemos contar com isso. Isso prejudicou muito a nação, os brasileiros todos. Eu não acredito que um país como o Brasil pudesse ter tantas mortes como nós tivemos. O Brasil contabiliza quase meio milhão de vidas perdidas, isso tudo por conta de uma política equivocada, errada por falta de respeito com a vida”, disse Furlan.
Furlan é visto pelos demais prefeitos da região como um líder regional, até porque ele está em seu sexto mandato como prefeito de Barueri e uma de suas características é sempre analisar de forma regional as necessidades em várias situações. “Nós aqui na nossa região fizemos tudo que é possível fazer. Eu e os prefeitos fazíamos reuniões periódicas para saber o que fazer”, disse ele, em tom de governador, cargo ao qual seu nome já foi cogitado por lideranças políticas do Estado e do país em outras eleições e também para concorrer ao cargo nas eleições de 2022.
Um dos seus apoiadores é o prefeito de Itapevi, Igor Soares, que não mediu esforços para reiterar a vocação de Furlan para o posto de governador. “Infelizmente nós somos mal liderados, a nação é mal liderada, mas graças a Deus aqui na nossa região nós temos um líder que um dia quem sabe possa ser nosso governador”, disse Igor.
Furlan afirmou que a fase agora é de recuperação econômica, além da continuidade do enfrentamento permanente contra a covid-19. “Agora nós estamos numa fase de recuperação, de recuperar o Brasil economicamente, recuperar empregos e para isso a economia precisa girar. Nós não estamos vendo do governo projetos capazes de fazer com que a economia volte a crescer e os empregos voltem a surgir”.
“Agora nós estamos avançando na vacinação. Barueri hoje, por exemplo, tem mais de 10% ou pelo menos 12% da população imunizada com a segunda dose da vacina, como Itapevi e as demais cidades da nossa região. Por mais difícil que seja nós estamos um pouco amparados com essa vacina. Hoje o Brasil deveria estar com 30%, 45% de toda a população vacinada e não está mais com o receio dessa letalidade, dessa terceira onda”.
Furlan não poupou críticas a Jair Bolsonaro. “Está tudo muito espalhado, cada um tomando conta dos seus negócios, mas há uma ausência total de uma orientação do governo federal. É muito ruim para o Brasil, é uma pena o que nós estamos vivendo hoje”.