Osasco conta com lei de conscientização sobre os riscos do uso de linhas de cerol
Embora Osasco conte desde 2019 com lei municipal sobre a conscientização para os riscos de comercialização e o uso de cerol e linha chilena e outras substâncias cortantes para empinar pipas, infelizmente muitas pessoas ainda continuam se valendo dessa prática ilegal pelas ruas da cidade. Tal ato irresponsável resultou no último fim de semana na morte de um jovem motociclista. Ele foi atingido quando rodava pela Avenida Flora, no Jaguaribe.
A lei em vigor no município é do vereador Josias Nascimento e com ela foi instituída no calendário da cidade, nos meses de férias escolares (dezembro, janeiro, junho e julho), a Semana da Conscientização sobre a proibição do uso de cerol e linha chilena. As ações visam conscientizar crianças, jovens e adultos sobre os riscos de ferimentos graves à vida das pessoas devido ao uso dessas linhas cortantes.
O uso de cerol e linha chilena pode provocar desde apagões na rede elétrica até a morte por eletrocussão. Para os que empinam pipas os riscos de ferimentos são pequenos, mas para ciclistas, motociclistas e transeuntes é comum acontecerem cortes profundos na região do pescoço que podem levar à morte da pessoa atingida pela linha.
Não há estatísticas oficiais sobre acidentes com cerol, mas dados da fundação Brazilian Kite Club informam que 10 pessoas morrem por ano no Brasil, vítimas de ferimentos provocados pela linha revestida com vidro moído ou linha chilena. Um corte na veia jugular pode causar a morte de uma pessoa em poucos minutos.
Levantamento da ABRAM (Associação Brasileira de Motociclistas) mostra que no Brasil são mais de 100 acidentes por ano, sendo que 50% causam ferimentos graves (cicatrizes ou mutilações), e 25% fatais.