Barueri celebra Dia Mundial contra Raiva sem ocorrência da doença
Barueri, por meio das ações de prevenção do Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ), ligado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde, comemora o Dia Mundial contra a Raiva, celebrado em 28 de setembro, sem nenhum registro da doença no município.
O Dia Mundial contra Raiva em 2021 é lembrado ainda para promover a luta contra a raiva animal de cães e gatos, aumentar a conscientização e celebrar conquistas alcançadas. “Não ter nenhuma ocorrência é uma comemoração muito importante para a cidade”, ressaltou a diretora do DTCZ, Marta Chaves Pereira de Lima.
A raiva animal está presente em todos os continentes e afeta mais de 150 países. No mundo, a doença é responsável por cerca de 60 mil mortes humanas anualmente e, na grande maioria dos casos, os cachorros são a fonte da infecção.
As Américas (Central, Norte e Sul) têm conseguido reduzir drasticamente a incidência da raiva humana transmitida por cães em cerca de 98%, de 300 casos em 1983 para três casos em 2019. Esta situação e as perspectivas de eliminação da doença nas Américas foram possíveis graças à solidariedade entre os países, ao intercâmbio de lições aprendidas, à identificação e priorização de riscos, bem como às ações de monitoramento e vigilância em pessoas e reservatórios.
O Brasil, como signatário da Organização Mundial da Saúde (OMS), desenvolve o programa de vigilância e controle da raiva no território nacional, em parceria com estados e municípios, com avanços notáveis.
Posto fixo
A criação de um posto fixo de vacinação contra a raiva em Barueri também é algo a se comemorar. Depois de dois anos sem a realização da campanha antirrábica no Estado de São Paulo e em várias outras localidades brasileiras, em Barueri, o DTCZ, além das ações e serviços de vigilância e controle da raiva animal, realiza a vacinação de cães e gatos por meio de agendamento pelo telefone (11) 4198-5679. Tendo o imunizante, a vacinação poderá acontecer às segundas-feiras, pela manhã, e às terças-feiras, no período da tarde. O número de vagas depende da quantidade de doses enviadas pela Secretaria de Estado da Saúde, mas como o serviço agora fixo no município, isso pode ser feito com tranquilidade.
As vagas são limitadas e a gestão do Departamento Técnico de Controle de Zoonoses pede a colaboração dos donos de pets a não faltem à vacinação no dia e horário do agendamento. Caso não seja possível o comparecimento, o responsável pelo cão ou gato deverá avisar ao DTCZ com antecedência. O objetivo é atender outros animais que precisam da imunização.
Raiva: que doença é essa?
A raiva é uma doença neurológica grave naturalmente transmissível entre os animais mamíferos e o homem. É provocada por um vírus e é quase sempre fatal.
Como ocorre a transmissão?
Ocorre através de mordedura, arranhadura ou lambedura de mucosas e ferimentos por animais mamíferos infectados.
Como se manifesta em cães e gatos?
Quando a doença é causada por variantes virais da raiva de morcegos, é mais frequente a manifestação da forma paralítica; em alguns casos, o animal pode aparentar ter sido atropelado ou vítima de maus-tratos. Já na doença transmitida pela variante canina, cães e gatos manifestam excitação, agressividade, dificuldades de deglutição, salivação intensa, incoordenação motora, convulsão, paralisia, coma e morte.
Como prevenir a doença em cães e gatos?
A vacinação destas espécies animais contra a raiva representa a principal estratégia de controle da doença.
As principais formas de prevenção são:
– Manter atualizadas as vacinas contra Raiva de cães e gatos, com reforço anual;
– Ter cuidado ao manipular cães e gatos, principalmente desconhecidos, pois podem estar infectados;
– Não tocar ou entrar em contato com morcegos ou outros mamíferos silvestres, principalmente saguis, raposas e saruês;
– Caso encontre morcegos em locais ou horários não-habituais, entrar em contato com o DTCZ (não manipule morcegos);
– Caso seja mordido ou arranhado por qualquer animal, realize imediatamente a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão e procure atendimento médico imediato;
– Cães e gatos suspeitos e/ou agressores devem ser mantidos sob observação durante 10 dias, período durante o qual podem manifestar a doença;
– Caso cão ou gato agressor morra, adoeça ou desapareça durante o período de observação, deve-se retornar imediatamente ao atendimento médico e informar o ocorrido.
Recomendações gerais:
– Vacinação para cães e gatos saudáveis a partir de três meses de idade;
– Animais doentes, em tratamento ou convalescentes de cirurgias deverão aguardar o fim das prescrições;
– Ofereça água e alimentação normalmente antes e após a vacinação;
– Cães ferozes ou mordedores e também das raças pitbull, rotweiller ou mastim napolitano deverão estar com focinheira adequada (conforme Lei Estadual 11.531, de 11 de novembro de 2003);
– Os cães deverão ser conduzidos por pessoas maiores de idade e com capacidade para conter os animais. Já os gatos precisam ser transportados em caixas apropriadas e em segurança para evitar acidentes e fuga.
Serviços
O Departamento Técnico de Controle de Zoonoses fica na Rua a Anhanguera, 200, Vila São Francisco, no Centro. Informações: (11) 4198-5679.