SDPD dá suporte técnico a comerciante que deixa seu espaço mais acessível
Hoje, segunda-feira (dia 11 de outubro), é o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física, e para destacar a data, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD) reforça a importância da acessibilidade também em estabelecimentos comerciais.
Pensando em diminuir essas barreiras entre o comerciante e o consumidor com deficiência, a SDPD, por meio da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), auxilia e orienta os comerciantes, sejam de grande ou pequeno porte, a adequarem o acesso a seus espaços para pessoas com a mobilidade comprometida.
Em pesquisa realizada por uma empresa especializada em soluções inclusivas para consumidores com deficiência, a Inclue, mais de 67% dos entrevistados relataram não haver acessibilidade nos estabelecimentos comerciais que costumavam frequentar, além da falta de capacitação de funcionários em lidarem com clientes com deficiência.
“Eu sempre passava numa loja de tatuagem, até então com um degrau na entrada e pedia para os atendentes darem um ‘grau’ (empinar a cadeira). Mas sempre deixava minha insatisfação em alto e bom som: ‘falta rampa aqui’. Depois de reclamar muito, para minha surpresa, fui até o local e me deparei com uma rampa lá. Já encontrei o proprietário e falei ‘até que enfim’ e rimos”, conta o gestor público Leandro Ribeiro, que utiliza cadeira de rodas.
Para o operador de telemarketing Bruno Rosa, a principal dificuldade é encontrar banheiros adaptados. “Pra gente, que é cadeirante, é muito difícil encontrar acessibilidade em comércios e lojas. Na capital de São Paulo, no bairro Santa Ifigênia, por exemplo, não tem banheiro adaptado em nenhuma loja que passo”, conta.
No caso da empresária Andrea Gomes da Silva, proprietária de uma padaria que fica próxima à Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a história foi um pouco diferente, já que o comprometimento de tornar o seu espaço mais acessível partiu dela. Sensibilizada ao ver um cliente que também é atendido pela SDPD com dificuldades de circulação, resolveu iniciar as adaptações estruturais.
“Eu creio que todos deveriam investir um pouco nessa parte, tem muita gente precisando ser inserida. Hoje em dia você vê que a sociedade não se preocupa com as pessoas com algum tipo de deficiência”, lamenta.
O secretário da SDPD, Carlos Roberto da Silva, alerta que o comerciante pode solicitar a visita técnica da CPA para vistoriar a obra e indicar possíveis correções, como aconteceu com Andrea.
“O técnico veio aqui olhar a adaptação, quando percebeu que a obra precisaria ser refeita. Agora com o relatório em mão será mais fácil fazer a obra e cumprir com as normais de acessibilidade sem prejuízos”, relata Andrea.
A Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) é composta por engenheiros, arquitetos e outros profissionais técnicos que têm como missão não apenas fiscalizar, mas também orientar o empreendedor engajado em transformar o seu espaço físico acessível para todos os públicos.
“Além de ser uma responsabilidade social, o comerciante acaba ganhando mais clientes. É um investimento que melhora a reputação da loja ou comércio. Todos ganham. A nossa Secretaria está disposta em oferecer toda a orientação técnica que precisar”, ressalta o professor Carlinhos.
Sobre a CPA
A CPA é um órgão municipal que auxilia o Poder Executivo na elaboração de normas, fiscalização e controle da acessibilidade de pessoas com deficiência nas vias e espaços públicos, edificações, meios de transporte, mobiliários e equipamentos urbanos. A comissão cumpre o Decreto Municipal de número 8.766, datado em 28 de maio de 2018.
Assim como Andrea, para quem quiser acionar a visita técnica pontuando as adequações, seja pessoa física ou jurídica, basta enviar um e-mail para cpa@barueri.sp.gov.br.