Parlamentares de Osasco prestigiam II Conferência Municipal de Saúde Mental
A Secretaria de Saúde de Osasco, através do Conselho Municipal de Saúde, promoveu na noite de sexta-feira (28) e de sábado (29) a II Conferência Municipal de Saúde Mental, que contou com a presença e o apoio de alguns parlamentares.
A abertura da Conferência realizada no Centro de Formação dos Professores teve a participação dos vereadores Michel Figueredo (Patriota) — presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social —, Juliana da Ativoz (PSOL), Délbio Teruel (DEM) e Carmônio Bastos (Podemos).
Michel Figueiredo compôs a mesa de abertura do evento e falou sobre a necessidade de ampliação dos serviços. “A Pandemia gerou muitos problemas, como desemprego e violência, que influenciaram a saúde mental das pessoas. Precisamos encontrar alternativas para também avaliar danos à saúde mental nas unidades básicas de saúde e aumentar a quantidade de serviços do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Precisamos humanizar a saúde mental”, enfatizou o parlamentar, ao reforçar que “a Câmara Municipal está à disposição para promover debates sobre o assunto e buscar soluções os que beneficiem a população”.
A ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial também estava na pauta dos debates de Juliana da Ativoz. A parlamentar afirma que a quantidade de Caps no município não atende a demanda pelos serviços.
“Precisamos ampliar os espaços para atendimentos, o município tem demanda para atender e precisa de mais espaço, para que possamos atender o maior número de pessoas possível”, disse Juliana.
A necessidade de ampliação dos CAPS e dos debates em torno do assunto também foram abordados por Délbio Teruel. “A cidade precisa promover mais eventos como esse. Como os problemas com a saúde mental foram acentuados e agravados com a pandemia, precisamos de mais unidades do CAPS para atender a demanda. Se pudermos ter estrutura e condições, será muito melhor”, declarou Teruel.
Carmônio Bastos apoiou a realização de mais eventos e acredita que esses debates são importantes para que o município possa encontrar soluções. “A pandemia agravou muito os problemas de saúde mental na população e isso precisa de cuidados e atenção para evitarmos mais danos. Esses eventos são importantes para que o debate chegue também à população”, frisou.
Na oportunidade o secretário de saúde, Fernando Machado, falou sobre um estudo publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). “Os países não conseguiram atingir metas em relação às políticas de saúde mental. O contexto de saúde mental é globalizado e as questões mudam. A Síndrome de Burnout agora tem CID (Código Internacional de Doenças). Profissionais de saúde e segurança pública são os mais acometidos pelo excesso de trabalho e os problemas foram agravados, e muito, pela pandemia”, destacou Machado.
De acordo com o estudo da OPAS, que também avaliou o impacto da pandemia na saúde mental da população, mais de quatro em cada 10 brasileiros tiveram problemas de ansiedade. Ele indicou também um aumento nos incidentes de violência doméstica e o resultado é que, a longo prazo, a OPAS considera que os problemas de saúde mental serão os maiores problemas decorrentes da Covid-19.
A OPAS também apontou que, antes da pandemia, estimava-se que os transtornos mentais custariam à economia global US$ 16 trilhões em 2030, se não fossem devidamente tratados. Com a pandemia, esses valores deverão ser ainda maiores.
A avaliação da OPAS vem ao encontro da posição dos parlamentares de que investir em saúde mental reduz gastos a longo prazo. “É essencial que tenhamos investimentos na área para atender a demanda urgente da população que precisa de atendimento, e também para reduzir custos a longo prazo”, explicou Michel Figueredo.
Os vereadores Ralf Silva e Cristiane Celegato (Republicanos) prestigiaram a Conferência nos debates realizados no sábado (29).
Vale destacar que em janeiro é realizada a campanha “Janeiro Branco”, que tem como objetivo chamar a atenção da população para questões relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas.