Ludmila, jogadora-exportação de Barueri
Ludmila Guimarães, oposta de 1,79m, nasceu há 16 anos em Arapongas (PR) e há um ano defende as cores do Barueri Volleyball Club na categoria Sub-19 (acima de sua faixa etária). Por força do regulamento, ela só pode defender a seleção do seu Estado de origem.
No último CBS (Campeonato Brasileiro de Seleções) Sub-17, que ocorreu de 08 a 12 de março no CDV (Centro de Desenvolvimento de Voleibol), em Saquarema (RJ), ela foi a única “estrangeira” convocada pelo técnico Luiz Fernando Leão para integrar a seleção paranaense.
Apesar de nunca terem trabalhado juntos, provavelmente Leão tomou conhecimento do desempenho de Ludmila quando ela disputou campeonatos de divisões menores por Arapongas, Rolândia, Londrina e Cambé e também das outras duas convocações que teve nas seleções Sub-16 e Sub-19 daquele Estado.
A seleção paranaense perdeu somente um jogo na competição: justamente a final contra Santa Catarina. “Ganhamos o primeiro set, mas tivemos um ‘apagão’ por excesso de confiança nos outros três. Sofremos demais com a derrota”, revela a atleta.
Ludmila não precisou enfrentar a equipe paulista, que tinha quatro colegas suas de Barueri, mas garante que se isso tivesse ocorrido o faria sem qualquer ressentimento: ”a gente tem que procurar fazer o melhor em qualquer circunstância”, afirma.
A rotina da vice-campeã
Ludmila é bolsista de um colégio no bairro da Lapa, em São Paulo. Cursa o segundo ano do ensino médio no período da manhã. Treina às tardes de segunda a sexta-feira no Sportville ou no Ginásio Poliesportivo José Corrêa e aproveita as noites para revisar as matérias que estudou.
Sente muita saudade do lar e dos parentes, mas não se queixa do seu dia a dia. “É a carreira que eu quero seguir. Faz parte”. Ludmila é fã de carteirinha de Paola Egonu, oposta do clube Imoco Conegliano e da seleção italiana. “Ela é incrível. Treino muito duro para fazer pelo menos um pouco do que ela faz em quadra”, sonha.