Gerson Pessoa faz balanço de sua trajetória na prefeitura de Osasco
Um dos destaques da atual gestão do prefeito Rogério Lins, a recém-criada Secretaria de Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Econômico vem se destacando e, a cada mês, apresenta novidades e resultados positivos, dando visibilidade para Osasco.
Um dos responsáveis por esses resultados expressivos que vem colocando a cidade como uma das mais promissoras do Brasil, é o secretário Gerson Pessoa.
Analista de Sistemas por formação, e pós-graduado em Gestão Pública, o empresário reuniu suas qualificações para promover uma verdadeira reforma em todo processo tecnológico da prefeitura de Osasco. E, em pouco mais de um ano à frente da secretaria, Gerson já acumula conquistas e avanços que estão transformando a cidade em um grande polo de tecnologia.
Com muita experiência e passagem por grandes empresas multinacionais, ele garante que todas as conquistas são fruto de um trabalho iniciado em 2017, quando a secretaria ainda nem existia.
Gerson visitou a sede do Jornal A Rua, e concedeu uma entrevista exclusiva. Na ocasião, ele falou sobre o crescimento econômico da cidade, suas expectativas políticas e também anunciou algumas novidades.
Confira a entrevista a seguir!
Quando surgiu seu interesse em ingressar na política?
O elo foi a minha relação de amizade, de mais de 30 anos, com o prefeito Rogério Lins. Por nossa relação de amizade eu sempre estive ao lado do Rogério, apoiando suas campanhas e acompanhando de perto seu trabalho como vereador e como prefeito. Como a política é algo que exige muita relação de confiança e lealdade, ele acabou me convidando e eu entendi que poderia contribuir de alguma forma para melhorar a gestão dele como prefeito. Desde então, venho usando toda a experiência, da área de tecnologia, que adquiri no setor privado, para contribuir com o desenvolvimento do município. E esse trabalho começou, de fato, em 2016, quando ele foi candidato a prefeito e acabou eleito.
Como foi esse ingresso na vida pública?
Comecei, de verdade, organizando a vida digital do Rogério, para profissionalizar mesmo essa parte. Tive como clientes algumas agências especializadas que ajudaram a unificar os perfis e a criar uma página do Rogério. Depois que vieram os outros desafios, como gerenciar a parte burocrática da campanha, e para isso contei até com a ajuda do meu pai, porque eu ainda tinha outros compromissos de trabalho, na época. Mas, como sempre estive muito próximo ao Rogério, estava alinhado com seus objetivos e projetos para a cidade de Osasco.
Quais os principais desafios de sua atuação, antes de ser nomeado secretário?
A construção começou em 2017, quando eu fui trabalhar como assessor do Rogério, já eleito prefeito de Osasco. Pela relação de confiança que nós tínhamos, eu passei a representar o Rogério em alguns eventos, porque a vida pública é muito dinâmica e com muitos compromissos. Nessa época, eu estava buscando ter mais entendimento.
E como você recebeu esse convite para assumir a Secretaria de Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Econômico?
Na época, como assessor do Rogério, por conta da minha familiaridade com tecnologia, me aproximei do departamento de TI e comecei a buscar ferramentas para melhorar os processos. A gente foi licitando contratos e corrigindo algumas coisas, e já existia um projeto de modernização, que foi desenvolvido na gestão anterior, mas não deu tempo de colocar em prática. Nós conseguimos transformar isso em realidade. Até que surgiu a oportunidade de criar uma secretaria de tecnologia, na primeira reforma administrativa, ainda dentro da Secretaria de Finanças. Eu acompanhei e auxiliei essa criação. Até que, na reeleição, o Rogério propôs a criação da Secretaria de Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Econômico. Como a cidade já tinha vocação para essa área, apresentamos um projeto e transformamos a antiga Secretaria de Indústria e Comércio e Abastecimento (SICA), que já tinha a questão do desenvolvimento econômico agregado, e acrescentamos a parte técnica de tecnologia. Até chegarmos ao que temos hoje, que também tem a questão do turismo agregado.
Em menos de um ano à frente da pasta você alcançou grandes conquistas e teve importantes marcos relacionados ao desenvolvimento da cidade, como a chegada de grandes empresas, em especial, do ramo tecnológico. A que você credita essas conquistas e avanços?
É importante dizer que esses números não são de um ano apenas. Mas, de cinco anos, que fomos construindo aos poucos, para criar essa nova vocação para a cidade. Em 2017, quando o Rogério assumiu a prefeitura, em seu primeiro mandato, avaliamos os números e vimos que a receita estava estagnada porque as empresas estavam saindo da cidade. Nisso surgiu uma preocupação para que Osasco não se tornasse uma cidade dormitório. Herdamos uma negociação para trazer o Mercado Livre para a cidade, e isso aconteceu porque eles consideraram a questão geográfica, que era estratégica para o negócio. Mas, a vinda deles só foi possível com a promessa do governo de melhorar a questão dos tributos. Tínhamos um ISS, naquele momento, na casa de 5%, e havia essa promessa de passar uma reforma tributária para incentivar a vinda de grandes empresas, entre outros benefícios. O processo de vendas tem várias etapas, uma delas é a validação fiscal que depende do serviço público. Naquele momento, Osasco não tinha estrutura para atender algumas exigências. Mas, existia uma promessa de também melhorar essa área. Então, podemos dizer que o Mercado Livre foi a empresa âncora de tudo, porque eles acreditaram nas propostas feitas e o prefeito conseguiu fazer um estudo para propor a redução do ISS de 5% para 2%. Fomos bem agressivos porque acreditamos que isso poderia atrair muitas empresas, e foi assim que começou. O resultado final está aí, provando que essa redução não gerou prejuízos… Virou um fato positivo para atrair novas empresas.
O que mais você considera que seja um atrativo para as empresas?
Vinculado a esse processo de redução do ISS, também criamos um processo de modernização e atualização do nosso parque tecnológico. Por conhecer bem a área de tecnologia, o Rogério entende que investimentos tecnológicos não são despesas, apenas, mas sim investimento. E, por isso, ele me deu carta branca para desenvolver essa área. Hoje, 5% do orçamento da cidade é destinado à tecnologia, e a gente canalizou isso para a modernização da área, desde o ambiente físico, sistemas de segurança, ferramentas com sistemas modulares que permitem uma customização do processo de acordo com cada segmento. Com isso, o mesmo lote que a gente levava dias para processar, em 2017, hoje é processado em algumas horas. Então além da customização, ainda tem a questão de garantir agilidade e transparência no processo.
O que você quer dizer com customização do processo?
Nós hoje temos condições de fazer a customização do processo, de acordo com as necessidades de cada empresa, e de acordo com cada segmento. Isso é um diferencial. Hoje, dentro da secretaria, temos um departamento chamado ‘Fábrica de Software’, que faz só essa tratativa com o sistema financeiro das empresas para garantir a customização do processo, de acordo com o segmento da empresa. Antes eu tinha dificuldade para rodar o lote diário e hoje eu consigo fazer um lote de 15 dias em questão de horas, graças a essa customização que nós podemos desenvolver.
Para transformar Osasco em um polo tecnológico, você vem buscando referências em outras cidades e até mesmo fora do Brasil. Fale um pouco sobre esse intercâmbio que você vem promovendo.
Não é feio copiar o que deu certo. Achar uma rota mais curta para acelerar os processos. Sempre fui um cara de sorte, por onde eu passei… Tive a sorte de iniciar minha carreira profissional na maior empresa de alumínio do mundo como analista de sistemas para atender a América Latina, e isso foi uma escola. Depois fui trabalhar no grupo de agências de propaganda Newcomm, onde tive a oportunidade de trabalhar com Roberto Justus, e sempre o vi chegar com novas referências, o que foi um grande aprendizado. No serviço público, a mesma coisa. Por muito tempo, Barueri era nossa referência aqui na região. Então porque não buscar essas referências que deram certo e trazer pra cá? Sempre buscamos encontrar caminhos, estar em grandes feiras e eventos para acompanhar novas tendências. Como a tecnologia pode melhorar o serviço público e a vida da população?
Você pode descrever algumas experiências?
No ano passado, por exemplo, tive a oportunidade participar da Feira Cidades Inteligentes, em Barcelona, uma das mais conceituadas no mundo. Na ocasião, eu representei o Rogério, e pude conhecer um bairro que foi 100% revitalizado e que hoje é uma potência em Barcelona. Você vê as coisas na teoria e na prática, quando tem boas oportunidades. Então, se cabe no nosso bolso, vamos correr atrás. Nessa viagem, tive a oportunidade de representar o prefeito Rogério em um evento da Frente Nacional dos Prefeitos do Brasil. Eu era o único ali que não era prefeito. Mas, mesmo assim, fui recebido como representante de Osasco e tive a oportunidade de falar sobre nossa cidade e o que que estava sendo feito para a retomada econômica no combate à pandemia. Então, de alguma forma, o resto do Brasil conhece os dados de Osasco e vem acompanhando o trabalho que vem sendo feito aqui. Nisso a gente vê que, de alguma forma, está no caminho certo.
E você pode falar um pouco das novidades?
Temos um sonho de construir um polo de tecnologia aqui na cidade. Também queremos revitalizar a região do Bonfim, porque ali é um bairro estratégico. Fica bem na entrada da cidade e ao lado de Presidente Altino, onde está concentrado um grande número de empresas de tecnologia da cidade. Por isso, é um sonho nosso fazer dessa área um grande polo tecnológico.
E o que podemos esperar desse sonho?
A gente quer trabalhar muito essa questão das startups e incubadoras, para despertar grandes empresas. Queremos que esse polo se torne um lugar de networking. Queremos criar uma área onde as empresas possam ter esse relacionamento e possam também disponibilizar, para quem não tem, o mínimo de ferramentas. Mas, outra questão envolve qualificação profissional. Quando uma empresa chega na cidade, ela vai procurar mão de obra qualificada. Então, vamos trabalhar essa questão, com muito mais força, a partir de agora.
E como essa qualificação será desenvolvida?
Vamos ter, no polo tecnológico, a qualificação que será feita pelas empresas. A ideia é formar nossa população, beneficiar eles. É uma construção. Em abril, vamos enviar para a Câmara Municipal uma Lei de Incentivo à Inovação, que vai parametrizar tudo o que o polo vai, de fato, permitir realizar. Será um tripé que envolve o setor público e a iniciativa privada, além das universidades. Claro que estamos começando com investimento público, mas conforme as coisas forem acontecendo, o aporte será todo da iniciativa privada, e é assim que funcionam os principais polos de todo o país.
E qual a previsão para a abertura desse polo?
Encontramos um prédio bem bacana, na Vila Yara, que tem condições perfeitas e que, inclusive, será também a sede da Secretaria. Vamos centralizar tudo no mesmo local. É um lugar estratégico e conseguimos uma parceria com o Sebrae, que foi o primeiro parceiro oficial do polo. Em contrapartida, eles farão toda adaptação do prédio, que terá também as salas, que serão apadrinhadas por empresas parceiras, entre elas Microsoft, Apple e Google, entre outras, que irão oferecer as atividades de capacitação. Também temos parceria com o Senai, que tem hoje um laboratório e já trabalha essa questão de incentivar pequenos gênios. Teremos ainda uma organização social de games e, através disso, vamos poder desenvolver um time de gamers, que é uma grande tendência. Temos também o iFood e o Mercado Livre como padrinhos do polo, pois sabemos que, neste momento, isso será importante para atrair novos investidores. Inclusive, temos mais uma grande, a Amazon, vindo para Osasco.
Estamos em ano de eleição. Quais suas pretensões políticas?
A cidade de Osasco tem potencial para ter um representante da cidade e da região Oeste, até mesmo porque temos apenas três representantes da região, em um universo de 3 milhões de eleitores. Temos uma deputada federal e dois estaduais. Osasco tem condições de ter muito mais. Osasco evoluiu muito nos últimos anos. Mas, com um representante alinhado com nossa cidade, poderemos ir bem mais longe. Osasco tem o segundo maior PIB do Estado de São Paulo e oitavo do País, e isso faz com que o prefeito tenha uma linha direta tanto com o governador quanto com os ministros. Mas, podemos ter muito mais que isso. Por isso, a ideia é de que, nestas eleições, a gente canalize forças para ter um único representante em Brasília e na Assembleia Legislativa. Estamos trabalhando para anunciar um nome que, de alguma forma, seja de comum acordo entre todos. Sabemos que Osasco tem potencial. Mas, quando chega na hora H, há uma invasão gigantesca de votos para representantes que não são daqui. Para se ter uma ideia, os números indicam que 60 a 65% dos votos válidos vão para candidatos que não são de Osasco. Dentro de um universo com mais de 500 mil eleitores, tivemos apenas 394 mil pessoas que foram votar. Se você tirar 65%, sobram 150 mil votos. Os nomes serão avaliados mais pra frente e iremos apresentar um projeto de governo para fortalecer a cidade. Assim teremos uma base de deputados para fortalecer o governo e melhorar a vida das pessoas que vivem, não só em Osasco, mas em toda a região Oeste.