Barueri promove ação para o combate à hipertensão
26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. Em alusão à data, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Adauto Ribeiro, do Parque dos Camargos, promoveu uma roda de conversa com diversos profissionais de saúde para os participantes do Programa Vida Ativa, parcerias das Secretarias de Esportes e de Saúde.
“A hipertensão não é uma doença, é uma condição multifatorial que afeta órgãos-alvos: coração, rins, cérebro e olhos”, desmistificou Tânia Sena, médica da UBS nesta sexta-feira, dia 8, no Ginásio Parque dos Camargos.
A pressão alta advém do hábito do ser humano ingerir alimentos gordurosos e calóricos, que acabam entupindo as artérias, sobrecarregando o coração e causando hipertrofia no ventrículo e enfartes, por exemplo.
No cérebro, os problemas maiores são o acidente vascular cerebral (AVC) e o aneurisma. “Se houver rompimento da veia aorta, a morte é quase certa”, adverte Tatiana. Nos olhos, a consequência pode ser a retinopatia, e nos rins, a insuficiência do órgão.
Myriam Takahashi, farmacêutica, abordou a importância da ingestão dos medicamentos de combate à pressão alta e também dos métodos de tratamentos não medicamentosos. A combinação do tratamento com a mudança de hábitos e a prática de exercícios é mais do que consenso.
Julieta Tajima, nutricionista, fez uma exposição acerca do sódio, grande causador da hipertensão, presente na maioria dos alimentos industrializados. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão de 2.000mg diários de sódio (5g), mas no Brasil o consumo é de 12g diários”, revelou.
A preferência por alimentos “minimamente processados” (milho in natura, por exemplo) em detrimento dos “processados” (milho enlatado) e ainda mais dos “ultraprocessados” (salgadinhos empacotados a vácuo) pode trazer mudanças significativas.
“Um pãozinho francês (50g) tem 324mg de sódio, ao passo que a mesma quantidade de batata doce tem apenas 2mg. É preciso passar a ler os rótulos dos alimentos e fazer as escolhas certas”, alertou Julieta.
Na palestra sobre acupuntura auricular (auriculoterapia), proferida pela fonoaudióloga Patrícia de Paiva Carmelo, foram abordados os benefícios que esse tratamento acarreta para as pessoas e propostos alguns exercícios de massagem auricular. “Quando falamos desse tipo de tratamento, criado em 1951, na França, muita gente ainda retruca: ‘eu não estou com problema no ouvido’”, revelou ela. Isso porque a terapia baseia-se na ideia de que a orelha, ou aurícula, é um microssistema em que todo o corpo é representado por um mapa, onde são aplicadas as agulhas.