Encontro do PSB em Osasco reúne Geraldo Alckmin, Márcio França e pré-candidatos
Com as presenças do ex-governador Márcio França, pré-candidato ao governo de São Paulo e do ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) promoveu um encontro em Osasco que reuniu lideranças de várias cidades da região.
Organizado pelo professor Mário Luiz Guide, diretor nacional da Fundação João Mangabeira, o evento aconteceu na noite de terça-feira (21/06), na Câmara Municipal de Osasco com a participação de mais de 200 pessoas. Estiveram presentes vereadores, presidentes de diretórios, militantes de vários segmentos e lideranças da região Oeste da Grande São Paulo e da Capital. Entre os pré-candidatos à deputado federal pelo PSB estavam a professora Tereza Santos (Osasco), doutor Evilásio Farias (Taboão da Serra), Pedro Mori (Santana de Parnaíba), Iracilda Tataxina (Carapicuiba), Francisco da Silva Monteiro (Guarulhos), Flávio Santana (Indiaporã), Fábio Ely Ramos e Alexandre Gasparini (SP/Capital). Entre os estaduais estavam a professora Camila Godoy (Itapevi), Eduardo Nascimento (Cotia), Alexandre Pimentel (Carapicuiba), Vagner Barbosa (Osasco), Professor Moreira (Taboão da Serra), Isaias Oliveira (Cotia), Felipe Sorocaba (Sorocaba), Camila Tapia, Aécio Freitas, Carmem Silva, Paulo Cesar, Fabio Ely Ramos, Peterson Ruan e Alexandre Gasparini (SP/Capital).
O ex-governador Márcio França iniciou sua fala afirmando que estamos vivendo um período de readaptação pós-pandemia.
Na sua avalição, o ex-governador João Doria (PSDB) não estava preparado e nem tinha experiência necessária para assumir o governo do Estado, cometeu vários erros consecutivos durante a pandemia e deixou São Paulo com uma série de problemas graves. “Fechamos 70 mil comércios, milhares de pessoas perderam o emprego, 75% da população de São Paulo está negativada e o número de moradores de rua aumentou muito”, lamentou França.
Para ele, o desafio em São Paulo é devolver a esperança perdida. “São Paulo é um estado muito grande, muito forte, muito rico e o que se espera é que ele esteja um passo a frente de outros lugares que tem muito mais dificuldades que a gente”, disse.
Quanto a aliança do PSB com o PT em nível nacional, França não tem dúvidas que o partido fez a parceria certa. “Alckmin é um homem público experiente, preparado, que teve sensibilidade e coragem para tomar a decisão de formar uma Frente Democrática pelo Brasil em torno de Lula. “Temos posições divergentes, mas de respeito à democracia”, finalizou.
Já o ex-governador Geraldo Alckmin disse estar muito feliz no PSB, um partido com mais de 80 anos, que tem história, tem programa e propostas. “Me sinto em casa”, ressaltou. “Se há 80 anos já era importante ter um partido comprometido com o social, que nasceu dos movimentos trabalhistas e causas sociais, hoje é muito mais importante porque o desiquilíbrio entre o capital e o trabalho se acentua a cada dia”, afirmou. Para ele o mundo está mais rico e muito mais desigual, “é a luta política que pode criar um Estado mais justo, um desafio do ponto de vista social enorme”, disse Alckmin.
Na sua opinião, a política hoje está de ponta cabeça, “temos um presidente da República que foi eleito e trabalha contra a democracia, a Funai contra o índio, o Ibama contra a natureza, a Cultura contra o artista, é inacreditável”, ressaltou Alckmin. “Quando vejo o Bolsonaro dizer que não acredita na urna eletrônica, ele não acredita é no voto do povo porque sabe que não tem merecimento”, afirmou.
Alckmin também fez questão de declarar seu apoio a pré-candidatura de Márcio França ao governo do Estado. “Aqui em São Paulo, o nosso líder tem nome e sobrenome. É Márcio França aqui e Lula lá!”, ressaltou.
A professora Tereza, presidente do PSB de Osasco, encerrou o encontro dizendo que é preciso unir forças para sair da situação crítica que vive o país. “Não acho justo um país tão rico viver essa situação de miséria que estamos vivendo”, se diz incomodada com essa situação.