Hospital Municipal de Barueri já realizou mais de 2 mil sessões de quimioterapia em 2022
Receber o diagnóstico de câncer é assustador para qualquer pessoa, mas contar com a assistência adequada durante esse processo faz toda a diferença no enfrentamento da doença. O Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) é a unidade de referência na rede de saúde municipal no atendimento desses pacientes. Para tanto, mantém um setor oncológico com abordagem multidisciplinar para amparar esse público de forma completa.
Somente neste ano, até o final de julho, o HMB realizou 1.224 consultas no setor de oncologia, além de quase 2 mil sessões de quimioterapia. Só no primeiro semestre de 2022 foram 1.061 consultas médicas e 1.662 sessões de quimio. O Hospital também realizou oito cirurgias oncológicas nesse período.
Lenilúcia Silva de Oliveira, de 60 anos, enfrenta um câncer de estômago e faz tratamento no HMB há três anos. “Graças a Deus tenho um atendimento de hospital particular em um hospital público. O atendimento, o carinho e o acolhimento é muito bom, desde recepcionista, enfermeiros e médicos. Só tenho a agradecer a Barueri por oferecer um atendimento de oncologia de qualidade e próximo de casa”, relata a morada do Jardim Califórnia.
Investimento no setor
Em 2020, mesmo durante o pior cenário causado pela pandemia do novo coronavírus, o HMB investiu na readequação de todo o setor de oncologia. Deslocado para um espaço maior e exclusivo, com recepção própria, o espaço foi projetado para oferecer ainda mais conforto ao paciente e integrar todas as etapas do atendimento.
Desde então, a oncologia do HMB passou a contar com recepção específica, consultórios, sala de emergência, leito de acolhimento destinado a quadros mais debilitados e banheiros apenas para pacientes e funcionários. Tudo isso potencializou também a atuação da equipe multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e capelães hospitalares.
Sidnei Francisco Caiaba, de 57 anos, em tratamento quimioterápico há sete meses, destacou a forma como tem sido acolhido no HMB. “A qualidade do serviço aqui do Hospital é excelente, tanto por parte da equipe médica como de todos os funcionários, e nós agradecemos por isso. Nos sentimos bem acolhidos e isso me ajuda a me sentir cada dia melhor”, disse.
Cuidando de quem cuida
Engana-se quem pensa que a atenção da equipe do HMB está voltada somente para os pacientes em tratamento. O diagnóstico de uma doença grave pode fazer surgir dúvidas e impactos emocionais, sendo fundamental que também os familiares e entes queridos recebam atenção. E isso inclui diversos eventos, como a forma de comunicar uma notícia ruim, o respeito à espiritualidade de cada um e mecanismos para lidar com o luto e a dor. O papel do Hospital, portanto, vai além do tratamento em si. É parte importante na mudança de vida do paciente e seus familiares.
Alta complexidade
Nos casos de tratamento do câncer em que o HMB não é referenciado, ou seja, os de alta complexidade, o paciente é encaminhado à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, responsável por providenciar a vaga em outros hospitais de referência aptos aos quadros em questão. O Hospital Regional Rota dos Bandeirantes, no Jardim San Diego, em Barueri, poderá absorver tais casos assim que obra for concluída, em breve.
Cuidado em forma de mechas
O HMB, em parceria com o Instituto Amor em Mechas e o Rotary Club de Alphaville, doará kits contendo perucas feitas de cabelo humano, bijuterias, lenços e estojos de maquiagem, entre outros itens, para serem entregues a pacientes oncológicos que foram acometidos pela alopecia, que é a queda dos cabelos.
“Esse tipo de ação é muito importante para a valorização do paciente e dos seus familiares, pois melhora a autoestima, a confiança, e isso é extremamente necessário em momentos como esse, colaborando até para a recuperação, pois ajuda a atenuar os efeitos do tratamento. Até para os colaboradores, que estão próximos no dia a dia, acabam sentindo uma satisfação por ver o quanto faz bem para os pacientes se sentirem bem cuidados”, atestou Patricia Netzer, psicóloga e coordenadora do setor de Humanização do HMB.