Candidato a deputado estadual Dr. Gaspar relembra sua relação com Osasco e sua trajetória na vida pública
Nesta semana, recebemos o candidato a deputado estadual Carlos José Gaspar, em nossa redação. Reconhecido por sua atuação como médico, vereador, deputado estadual e vice-prefeito, Dr. Gaspar relembrou sua relação com a cidade de Osasco e falou de sua trajetória política, destacando mais de 30 anos de vida pública.
Nesta eleição, ele concorre a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo partido União Brasil. “Durante 41 anos vocês colocaram as suas vidas em minhas mãos. Hoje eu coloco a minha vida na mão de vocês”, declarou Dr. Gaspar durante a entrevista.
Nascido em Pirassununga, cidade do interior do estado, Carlos Gaspar se mudou para Osasco com apenas 1 ano de idade e, desde então, ele garante nunca ter deixado a cidade por mais de 48 horas.
“Estou muito esperançoso porque tem poucos candidatos concorrendo como deputado estadual e eu sei que a minha experiência e a minha bagagem vão contar na hora da escolha do voto”, declarou o candidato durante a entrevista exclusiva que concedeu ao Jornal A Rua. Confira:
O senhor vem de uma origem humilde e se formou em Medicina na Universidade de São Paulo (USP), considerado um dos cursos mais concorridos na atualidade. Fale um pouco da sua origem.
Eu vim morar em Osasco em 1958, com 1 ano de idade. Meu pai, já falecido, era militar e eu estudei sempre em escolas públicas, entre elas o General Bittencourt. Agora você imagina um filho de militar, pobre – meus pais pagavam aluguel e a gente não tinha nenhum tipo de luxo -, ouvindo o filho falar que quer ser médico. Quando eu decidi que queria ser médico tive que me dedicar muito porque vindo de uma escola pública, onde eu ensino fica à desejar, não seria fácil. Mas eu ralei muito, estudei muito e consegui entrar na USP, no final dos anos 1970. Eu devo ter sido um dos primeiros osasquenses a ingressar na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Então nada nunca foi fácil pra mim. Acredito que daí tenha nascido essa minha vontade de trabalhar para ajudar as pessoas. Então eu sigo com esse propósito de viver de forma bastante simples e sempre com prazer em ajudar as pessoas.
O senhor tem mais de 30 anos de vida pública e estava afastado há alguns anos da política. O que te motivou a disputar uma cadeira na assembléia legislativa de São Paulo?
Tivemos uma campanha em que eu quis colocar o meu nome para disputar como prefeito. Então eu pensei assim: preciso trabalhar pela cidade que eu amo, que eu gosto, que me abraçou, que me elegeu tantas vezes, onde os meus filhos e meus netos nasceram. Mas, algumas questões políticas me impediram de seguir adiante com minha candidatura. Então, na última eleição, lancei minha candidatura então a prefeito e eu estava em terceiro lugar nas pesquisas. Mas, eu não tinha dinheiro, não tinha um partido forte, não tinha estrutura. Eu só tinha o meu nome. Naquela época as redes sociais não eram tão eficientes, como são hoje, e eu fui obrigado a abandonar a disputa por falta de recursos.
Como surgiu esse convite para disputar como deputado estadual?
Eu reatei uma amizade que eu tinha com o deputado federal Abou Anni, que pertencia ao PSL e que se uniu ao DEM, formando o União Brasil. Ele me fez um convite maravilhoso para ir pro partido e eu aceitei esse convite para sair candidato a deputado estadual, em dobradinha com ele. Estou muito feliz porque sei que tenho muitas condições para ser um representante de Osasco na assembleia legislativa de São Paulo. Nossa cidade tem 500 mil eleitores. Com esse eleitorado daria para eleger quatro ou cinco deputados estaduais. Eu acho que tem dois ou três candidatos estaduais da cidade, com chances de ganhar. Então eu não pude me furtar de ser candidato. Estou fazendo isso pela cidade.
O senhor é muito conhecido por sua atuação na medicina e na política. Mas, quem é o Dr. Gaspar que ninguém conhece?
As pessoas me conhecem, sabem da minha experiência. Então estou retornando a pedido da população e da minha consciência. Quero poder ajudar o atual prefeito e a cidade de Osasco, em especial na área da saúde pública. Uma curiosidade é que minha dedicação como médico e como político sempre foi tão grande que eu nunca saí do país. Nunca visitei outro país porque eu trato pacientes com problemas muito graves e nunca consegui deixar a cidade de Osasco por mais que 48 horas. Então eu fiz uma opção de não me afastar de Osasco. Com isso sei que penalizei a minha família, que também não viajou. Mas, tenho a consciência limpa e sei que tudo o que fiz foi por amor à cidade e à minha dedicação integral aos meus compromissos profissionais como médico e como representante do povo. Outra coisa, eu sou defensor dos animais e tenho uma chácara onde cuido, atualmente, de 40 cães abandonados. Então sou protetor e criador de animais. Como vereador eu lutei pra que fosse proibido no município de Osasco a eutanásia de animais saudáveis. Vocês se lembram daquela lei que permitia sacrificar animais abandonados e animais violentos? Eu proibi essa prática aqui no município e participei da criação da primeira Zoonoses da cidade.
Fale mais sobre esse projeto, pessoal, como defensor da causa animal.
Eu sempre amei os animais. Deus encontrou na forma humana o artifício perfeito que ele precisava para disfarçar os seus anjos e enviá-los pra Terra sem que fossem apontados na rua. Graças a esse disfarce, os animais circulam entre nós sem serem notados. Eu tenho uma chácara e cuido de animais abandonados. Mas, isso é um projeto pessoal. Eu acredito na importância de criar um fundo de assistência aos animais abandonados. Também precisamos ajudar o ser humano. Mas, não podemos esquecer os animais. Quero muito propor a criação de uma central de agendamento e consultas on-line, por vídeo chamada, para animais. E outra coisa é que não adianta o veterinário fazer um belo diagnóstico e a pessoa não ter dinheiro para comprar o medicamento. Então é importante que seja também disponibilizado o remédio para os animais.
O senhor pode falar um pouco da sua história com a cidade de Osasco.
Fazendo um retrospecto, eu entrei na política em 1989. São 33 anos de vida pública e eu nunca perdi uma eleição municipal. Fui vereador por quatro mandatos, elegi minha filha, elegi minha esposa, fui vice-prefeito no grupo liderado pelo Dr. Celso Giglio e pelo Dr. Silas Bortolosso. Fui deputado estadual, sem o apoio da máquina, na época. Fui secretário da Saúde, aqui em Osasco, fui presidente do Instituto de Previdência do Município de Osasco (IPMO) por duas vezes. Criei a secretaria do Meio Ambiente, fui o primeiro secretário de Meio Ambiente de Osasco. Trabalhei no posto de saúde do Jaguaribe por 40 anos, sou concursado da prefeitura duas vezes, sendo que uma vez eu já me aposentei. Eu poderia ter me aposentado com 35 anos, mas eu esqueci e deixei passar dois anos. Com isso, me aposentei com 37 anos de exercício. E eu tenho um vínculo até hoje com a prefeitura, mas estou em licença sem remuneração. Agora estou afastado por causa da campanha. Para encerrar, todas as obras entregues na cidade de Osasco entre 1989 e 2016, tem a minha participação.
Quais serão suas prioridades como deputado estadual?
Um dos principais papéis de um deputado é fiscalizar. Eu vou fiscalizar, mas farei uma fiscalização construtiva, para ajudar nossa cidade e nossa região. Vou ser um deputado atuante, vou estar muito envolvido com a rotina, em especial de Osasco, vou querer ajudar com recursos a nossa cidade, porque é esse o papel do deputado. Outra bandeira que vou defender é a causa da pessoa com deficiência. Nem todo mundo sabe, mas eu sou PCD, tenho uma deficiência visual. Então, uma das coisas que eu mais gosto de fazer é ajudar pessoas com deficiência e seguirei também com esse foco, como deputado. Também quero apoiar o município na geração de empregos, valorizando a população daqui da cidade, além de garantir recursos para criar as regionais, como existia na época do Dr. Celso. A cidade é pequena, mas os problemas são grandes. Outra questão envolve investimentos em prevenção de doenças, na área da saúde. Todas as unidades de saúde precisam ter psicólogo, dentista, clínico, ginecologista, pediatra… não dá para uma Unidade Básica de Saúde (UBS) funcionar sem esses profissionais. E também tem uma outra urgência envolvendo a questão da mobilidade urbana porque tem muitas obras e muita gente vindo morar em Osasco.
O senhor vai centralizar sua campanha nas cidades da região Oeste?
Não, minha campanha será para todo o Estado de São Paulo, porque eu devo ter atendido mais 200 mil pessoas nesses mais de 40 anos de atuação como médico. Tem muita gente que ainda vive aqui em Osasco, mas também tem muitos que estão morando em outras cidades, como Sorocaba, Tatuí e Campinas, por exemplo. E eu sei porque tenho uma relação com muitos desses pacientes até hoje e isso é incrível. Por isso estou certo que terei votos em todo o Estado. Eu tenho experiência no executivo, no legislativo e também conheço e entendo a população e suas necessidades.
O senhor se sente preparado para ajudar Osasco, na Assembleia Legislativa?
O verdadeiro político só dá certo quando ele sente na pele. O bom político não pode olhar o problema de binóculo, de longe. Ele precisa estar presente, se fazer presente, ter noção da realidade. Porque o Dr. Celso Giglio deu certo na cidade de Osasco? Porque ele ouvia as pessoas. Ele entrava na casa das pessoas, tomava café, ouvia os que as pessoas queriam falar, o que elas precisavam. Quantas vezes eu saí com ele, durante a noite, para saber se as pessoas estavam nas ruas, se estavam com frio. Ele vivia a situação e conhecia a cidade. Eu posso garantir que tenho essa vivência.
Qual mensagem o senhor deixa para o povo osasquense?
Minha mensagem para a população de Osasco e da região Oeste é que, durante 41 anos vocês colocaram as suas vidas em minhas mãos. Vocês me procuraram como médico e como político, e foram atendidos nas mais variadas situações. Hoje eu coloco a minha vida na mão de vocês. Então inverteu … hoje eu estou na mão da população da minha cidade, dessas pessoas que eu ajudei tanto. Eu tenho consciência de que fiz o melhor por vocês e espero que vocês também possam retribuir, agora.