São Paulo amplia vacinação contra Covid em crianças de 3 e 4 anos
A medida foi possível graças à doação de 2 milhões de doses do Instituto Butantan; imunização estava restrita a crianças com comorbidades
O Governo de São Paulo vai ampliar a partir desta sexta-feira (30) a vacinação de Covid-19 para todas as crianças de 3 e 4 anos de idade no Estado. A imunização estava restrita apenas às crianças com comorbidades desta faixa etária. A ampliação é fruto de uma doação de 2 milhões de doses de Coronavac por parte do Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.
“Este é mais um importante passo na campanha de vacinação em SP. Somos o Estado que mais vacina no Brasil e agora é uma oportunidade de imunizar todas as crianças desta faixa etária com a produção e novas doses distribuídas pelo Instituto Butantan”, destaca a coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula.
A imunização para crianças de 3 e 4 anos com Coronavac foi autorizada pela Anvisa em meados de agosto, no entanto o Ministério da Saúde não havia disponibilizado doses suficientes para vacinar toda esta população do estado e do país. A partir daí o Instituto Butantan importou IFA e concluiu na última semana a produção de 3,5 milhões de doses, sendo que apenas 1 milhão foi adquirida pelo órgão federal, o que corresponde a 215 mil doses para o Estado de São Paulo. Para que o Estado pudesse vacinar a totalidade deste público, o Butantan doou a Secretaria de Estado da Saúde mais 2 milhões de doses.
As doses foram recebidas na manhã desta quarta-feira (28) pela Secretaria de Estado da Saúde, que iniciou uma mega-operação logística para a distribuição gradativa para todas as regiões do Estado, permitindo que a imunização deste público comece no dia 30.
“A Coronavac é considerada pela Anvisa segura para as crianças de 3 e 4 anos de idade. Nosso imunizante é o mais utilizado entre a população de 3 a 17 anos de idade, resultado da sua segurança e das poucas reações. Os dados indicam que é uma vacina muito efetiva e pode evitar que a doença evolua. Ainda temos altos números de internações de crianças e sequelas graves que podem ser evitadas. É fundamental que os pais e responsáveis levem seus filhos para se imunizar”, destaca o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.