Ribamar Silva diz que espera ‘vontade de Deus’ para definição de uma vaga na Câmara dos Deputados
Nesta semana, o presidente da Câmara Municipal de Osasco, Ribamar Silva (PSD), recebeu nossa equipe em seu gabinete para uma entrevista exclusiva. Ele ficou licenciado por 55 dias, período em que disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Com 65.219 votos, Ribamar foi o candidato a deputado federal mais votado da cidade de Osasco, e atualmente é o 2º suplente do partido, com grandes chances de assumir uma vaga.
Trajetória política
Ribamar iniciou sua vida pública aos 15 anos de idade. Aos 47 anos ele acumula uma grande experiência legislativa, sendo reconhecido como um dos principais políticos da cidade e da região.
Eleito, pela primeira vez, em 2016, ele retornou à Câmara, em 2020, como o vereador mais votado da cidade.
Durante a entrevista, ele falou da alegria por ter sido o candidato a deputado federal mais bem votado da cidade, do reconhecimento da população em relação à sua atuação como presidente do Poder Legislativo e adiantou algumas novidades. Confira!
Como é ter sido o deputado federal mais votado da cidade?
Eu acredito que, quando uma pessoa coloca o nome para uma eleição, ela vai para o julgamento da população. Sair desse julgamento com a oportunidade de ser credenciado como o deputado federal e ainda como o candidato mais votado da sua cidade, me engrandece e me deixa ciente de que estou no caminho certo. Eu tive a honra de disputar a eleição, em 2016, e ser o 14º mais votado, disputando com 350 candidatos. Em 2020, eu fui para a reeleição numa disputa com 806 candidatos e fui o vereador mais votado. Ser o candidato a deputado federal mais votado da cidade me deixa muito feliz porque vejo isso como o reconhecimento da população ao meu trabalho. E esse trabalho é feito unicamente com o objetivo de trazer o bem e de fazer o bem para nossa cidade. Estou como vereador há 6 anos e a minha principal pauta é servir a nossa população. Sempre que tenho reunião com a equipe, eu falo que o nosso papel é de servidor e é muito importante termos esse entendimento. E eu estou aqui para servir. A estratégia do partido era eleger cinco deputados e conseguimos eleger três. Estou muito feliz e meu agradecimento é primeiro a Deus, por me dar essa oportunidade, e à população por me dar esse voto de confiança.
O senhor está na segunda suplência do PSD, mas com uma grande chance de assumir uma cadeira na câmara dos deputados. Quais suas expectativas?
Hoje mesmo recebi a ligação de um amigo muito próximo. E ele disse que existem algumas conversas sobre as chances de eu assumir como deputado, já que um dos eleitos do partido, Cezinha de Madureira, deve assumir como secretário de estado. De acordo com apuração o ex-prefeito de Atibaia, Saulo Pedroso de Souza, 1º suplente, está com um problema jurídico. Por isso, estou bem confiante, mas sempre coloco nas mãos de Deus. A minha vida é regida por Deus e, se for da vontade Dele, eu estarei em Brasília representando a nossa população.
O senhor tem agradecido pela excelente votação e saiu ainda mais fortalecido dessa eleição. Poderia falar um pouco de como foi sua campanha?
Foi muito gostoso. É sempre muito bom estar nas ruas discutindo com a população, sabendo quais são os anseios das pessoas. A gente sabe que a cidade de Osasco ficou sem representante, mas acho que boa parte das pessoas já está entendendo a importância de votar em candidatos da cidade, porque se eu tiver a oportunidade de assumir uma cadeira em Brasília, vou seguir morando em Osasco. É pra cá que eu vou voltar quando terminar o meu expediente. Quem ganha com isso é a cidade. Tenho alegria de chegar em Osasco e ver o quanto essa cidade cresceu. Isso me deixa muito feliz e eu tenho orgulho de falar que eu estou contribuindo para o avanço da minha cidade. Quero deixar esse legado para as minhas filhas, para os meus netos… da importância de ser um gestor que fez algo pela cidade e que ajudou a transformar a vida das pessoas. Eu sempre acreditei e acredito que a política é uma forma de transformar a vida das pessoas.
Quais as expectativas para essa nova gestão que assume o governo paulista, após tantos anos da hegemonia do PSDB?
Eu sempre falo com o [Gilberto] Kassab, presidente nacional do partido. Ele é um dos maiores mentores políticos do nosso país. Sempre falo para as pessoas assistirem a entrevista do Gilberto Kassab no programa Roda Viva porque foi uma aula de política. Também tenho falado com o governador Tarcísio, porque fiquei muito próximo dele no período eleitoral. Por isso, o partido está muito alinhado com o próximo governo do estado e, quando houve a articulação pro Felício [Ramuth] ser vice na chapa do Tarcísio, participei de um jantar e tive a oportunidade de falar para o Tarcísio que, a partir daquele momento, a candidatura dele teria outra musculatura em função da articulação do Kassab. Com isso, tivemos a quebra da hegemonia de 28 anos, do PSDB. Querendo ou não, acredito que essa alternância de poder é muito importante. Acredito que São Paulo irá respirar outros ares, porque o Tarcísio é gestor e político. Não basta ser só gestor ou só político, tem que fazer bem as duas funções.
E como o senhor vê a eleição do presidente Lula?
Espero que Deus ilumine tanto o Tarcísio quanto o presidente Lula, para que eles façam um bom governo para São Paulo e para o Brasil. Porque se eles fizerem um bom governo, vamos continuar gerando empregos, desenvolvendo o país e o estado. O radicalismo não leva a lugar nenhum e a gente precisa manter o diálogo.
Quando eu estava na disputa sabemos que era a extrema-esquerda contra a extrema-direita. Eu, como uma pessoa apaixonada por Osasco, vou respeitar o resultado das urnas porque entendo que o trabalho não pode parar. Nossa região cresceu muito e devemos isso ao trabalho dos políticos da região, que estão fazendo um bom trabalho. Ninguém imaginava que a gestão do Rogério Lins seria como é, por ele ser uma pessoa jovem. Isso é resultado de um trabalho feito em conjunto entre o Legislativo e o Executivo.
O senhor acredita que as pessoas estão mais preocupadas e atentas em relação à política?
As pessoas entendem mais o que é bom para o desenvolvimento da cidade e esse reconhecimento que eu tive, sendo reeleito como o vereador mais votado, e o mesmo com o Lins, que foi reeleito no primeiro turno, prova isso. Estamos trabalhando para o desenvolvimento da cidade, fazendo políticas públicas para desenvolver a vida das pessoas. Muitas vezes, as pessoas não querem discutir política, mas a política está inserida no nosso dia a dia. Você sai de casa e tem o asfalto, que é política, a iluminação… tudo é política. Tanto da porta pra fora, quanto da porta para dentro. A política está 24 horas em nossas vidas. A população está muito mais atenta e mais participativa.
O senhor está encerrando seu mandato como presidente da Câmara de Osasco. Quais os marcos da sua gestão?
Me sinto muito feliz, porque consegui fazer muitas coisas boas para a cidade, e isso me deixa orgulhoso. Poder andar nos corredores da Câmara e receber o carinho dos colaboradores, dos servidores, significa que nós fizemos uma gestão de humanização, voltada aos interesses da população. Graças a Deus, eu entrego a presidência da Câmara com o respeito de 100% dos vereadores e de 100% dos colaboradores da casa. Posso falar isso de cabeça erguida porque eu nunca ganhei nada para aprovar um projeto. Sempre agi pensando no desenvolvimento da cidade, em fazer políticas públicas voltadas aos interesses da população. Agradeço a Deus por me permitir estar como presidente da Câmara por quatro anos e saio da presidência de cabeça erguida. Inclusive, de antemão, adianto para vocês que sou candidato a vice-presidente na eleição do novo presidente, no próximo dia 22 de dezembro. Eu poderia ter articulado para mudar o regimento e seguir presidente. Mas, acredito na alternância do poder. Tenho conversado com os candidatos porque eles precisam estar cientes de que existe um peso e uma responsabilidade muito grande nesse cargo. Não é fácil ser presidente de uma das maiores Câmaras Municipais do Brasil. Isso é para poucos. Agradeço a Deus pela oportunidade. Quem quiser ganhar essa eleição tem que fazer bem o papel de articulação.
Como você vê o desenvolvimento da cidade nos últimos anos?
A cidade vem crescendo e se desenvolvendo. Quando eu era criança, lembro de ver Osasco nas páginas policiais. Hoje em dia vemos Osasco ser reconhecida como uma das maiores cidades do Brasil. O Executivo pensa e quem determina é o Legislativo. É muito gostoso a gente saber que faz parte dessa união entre os poderes.
Como estão as expectativas para a eleição do novo presidente da Câmara?
No dia 22 de dezembro vamos encerrar os trabalhos. Vamos votar o orçamento para a cidade e votar na eleição da mesa diretora. Eu falo de dois candidatos, o Cláudio da Locadora e o Carmônio Bastos. Estou falando com eles para que entrem num consenso, porque acredito que não deve ter divisão. Estou lutando para que haja um candidato, porque estamos vivendo um momento de harmonia. Então, se for o vereador Cláudio, que o vereador Carmônio abdique da disputa, e se for o Carmônio, que o Claudio abdique. Eu até abro mão da minha candidatura a vice, se um deles abrir mão da presidência para ser vice. Senão eu vou para a disputa como vice-presidente, até mesmo porque eu acredito que posso contribuir com a próxima mesa diretora. Estou há quatro anos e conheço um pouco da gestão, por isso quero contribuir, até porque quando voltar do recesso tem a eleição para decidir as comissões eu quero ajudar a decidir as comissões. Quero ajudar nessa construção junto com os vereadores e depois se eu for para Brasília, amém. Senão, vou pensar no que eu vou fazer.
Nos bastidores o assunto é que o prefeito Rogério Lins fez um convite para o senhor assumir uma secretária. O senhor confirma isso?
Eu recebi o convite do prefeito Rogério Lins para ser secretário. Mas, com toda a responsabilidade que eu tenho aqui na Câmara Municipal, não posso deixar o cargo neste momento. Quero ser vice e eu quero ajudar na articulação e na construção das comissões. Só depois vou pensar no que eu vou fazer. Isso se eu não for para Brasília. Mas tudo está nas mãos de Deus e se for da vontade Dele eu vou cumprir também esse mandato. , mas ele enfatizou que sua meta é cumprir o mandato e que, provavelmente, colocará seu nome na disputa para a vice-presidência da Mesa Diretora da Câmara