Programa Apadrinhamento Afetivo de Barueri divulga balanço surpreendente
Equipes técnicas dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes, a diretoria de proteção social especial e o Instituto Fazendo História reuniram-se na sede da secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sads) para fazer um balanço dos quatro anos do Programa Apadrinhamento Afetivo.
Durante esse período, a coordenadora do Apadrinhamento no Instituto, Juliana Dias Barbosa, considerou que o programa está bem estruturado. “Vemos o cuidado da Prefeitura de Barueri, a integração dos serviços e o empenho em fazer acontecer, o que nos deixa muito felizes”.
Na pauta do encontro, foram avaliados números, dados, casos e, sobretudo, muitas histórias de vida transformadas através do Programa.
O Apadrinhamento Afetivo propõe que um adulto tenha um compromisso ético e afetivo com uma criança ou adolescente e deverá acompanhar de perto o processo de amadurecimento, sendo uma referência na vida de seu afilhado.
Os jovens que estão acolhidos tiveram vínculos familiares e comunitários rompidos de alguma forma, daí a importância de a figura de um adulto de referência que promova um cuidado individualizado. Hoje existem nove pareamentos em curso em Barueri.
Instituto Fazendo História
O Instituto Fazendo História e a diretoria de proteção social especial da Sads são responsáveis pela seleção e qualificação dos padrinhos e das equipes técnicas. Os dados mostram que para a terceira edição do programa houve 197 pessoas inscritas inicialmente.
Importante ressaltar que os candidatos a padrinho/madrinha devem participar dos encontros de qualificação e que nem sempre são considerados aptos a fazer parte do programa. A parceria da Sads com o Instituto será encerrada no final deste ano, pois o Fazendo História não mais executará esse programa nos municípios e ficará somente com a parte da formação.
Yula Moreira, diretora de Proteção Social Especial da Sads, agradeceu o Instituto pela parceria e aos coordenadores e técnicos dos serviços: “se dá certo, é pelo trabalho e esforço de vocês”.
Histórias de vida
Após a apresentação dos dados, as equipes técnicas dos serviços foram convidadas a contar histórias sobre os afilhados. Relatos sobre os relacionamentos emocionaram os presentes. Crianças e adolescentes que junto com seus padrinhos/madrinhas construíram relações humanizadas, permeadas pelo respeito às diferenças.
Alguns afilhados, até então, conheciam apenas a vida numa casa de acolhimento. Hoje, em seus padrinhos e madrinhas, vislumbram uma outra realidade de relacionamentos familiares. O Apadrinhamento Afetivo é isso: um processo de ressignificação; relações fora do contorno institucional; histórias de relações que deram certo e produziram mais cor na vida de padrinhos e afilhados.
Serviços de Acolhimento
Em Barueri, há dois serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA) destinados a crianças e adolescentes de zero a 17 anos e 11 meses. O município conta também com a Residência Inclusiva (RI), destinada a maiores de 18 anos, portadores de deficiência.
A RI teve participação nesta terceira edição pois recebeu jovens saídos do SAICA que já estavam no processo de apadrinhamento quando atingiram a maioridade. Os serviços de acolhimento do município, compõem a alta complexidade e são de responsabilidade da Sads, por meio da Diretoria de Proteção Social Especial.