Guilherme Derrite determinou que polícia encontre armas que desapareceram terça (10) do Arsenal de Guerra. Preocupação é de que armamento vá para crime organizado e coloque população em risco. Exército investida sumiço e ‘aquartelou’ 480 militares para ouvi-los.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse neste final de semana que o furto das 21 metralhadoras de um quartel do Exército em Barueri, na região metropolitana, na terça-feira (10) passada, pode ter “consequências catastróficas” se as armas forem para o crime organizado, podendo colocar em risco a população.
Derrite determinou que a Polícia Civil e a Polícia Militar (PM) realizem operações para tentar encontrar as 13 metralhadoras calibre .50 e as 8 metralhadoras calibre 7,62 que sumiram do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri.
Inicialmente, o secretário comentou o furto de 13 metralhadoras, mas, segundo a assessoria da pasta, ele teve conhecimento depois que o desvio foi de 21 armas.
“Ainda não temos informação nenhuma sobre autoria. Sabemos apenas o endereço do quartel e a data indicada como da constatação do furto das armas. A partir dessas indicações preliminares, por meio do Muralha Paulista, estamos analisando registros digitais sobre carros e pessoas das vias próximas e de acesso ao local do crime, com o objetivo de identificar alguma anormalidade de interesse policial”, disse Derrite.
O sistema chamado “Muralha Eletrônica” é formado por equipamentos com câmeras de monitoramento acessadas pelas forças de segurança do estado.
A metralhadora calibre .50, por exemplo, pode disparar 600 tiros por minuto e atingir um alvo a mais de 3 quilômetros de distância. Essa arma também tem poder de fogo antiaéreo, podendo derrubar aeronaves. Foi feita para servir de defesa aérea, terrestre e naval.
Mas quando é desviada, ela costuma ser usada por quadrilhas de criminosos especializadas em roubar carros-fortes em rodovias, por exemplo. Esse tipo de ação, no qual bandidos também invadem cidades armados com metralhadoras .50 apoiadas em tripés sobre caminhonetes para roubar bancos, é chamada de ‘Novo Cangaço’. O estado de São Paulo já teve registro de casos assim em municípios pequenos.
Com informações do G1