Secretaria da Mulher de Barueri realiza 6ª edição do “Chá de Alices”
Sob o tema “Tudo é coisa de Mulher”, a 6ª edição do evento “Chá de Alices”, promovido pela Secretaria da Mulher de Barueri, trouxe histórias de mulheres fortes e que lutam todos os dias pela busca de espaços majoritariamente ocupados por homens. O encontro foi marcado por apresentações culturais, bate-papo e muito empoderamento feminino.
Alice Através do Espelho
A ação “Chá de Alices” faz alusão ao clássico literário de Lewis Carroll, Alice Através do Espelho. A obra escrita em 1987 traz diversas reflexões filosóficas e de combate à estrutura machista.
“Eu amo a história da Alice. Sou muito parecida com ela porque sou muito curiosa”, disse a bailarina Maria Eduarda Nóbrega Cruz, de 14 anos, que, vestida como a personagem, dançou a música tema do filme de mesmo nome.
Debate empoderado
Na roda de conversa, as convidadas falaram sobre os desafios de suas carreiras, que são atreladas, culturalmente, às profissões masculinas.
“Já ouvi coisas do tipo: ‘mulher tem que pilotar fogão’. Eu sempre respondi à altura, pois eu amo a minha profissão, meu filho também é motorista de ônibus e estamos sempre buscando atender bem”, disse a motorista de ônibus Lídia Maria de Almeida.
“As mulheres são multitarefas e essa é uma habilidade que pode ajudar nas carreiras ligadas à tecnologia. As mulheres devem e precisam se aproximar desse universo tecnológico. Existem plataformas gratuitas que podem auxiliar nessa jornada”, disse Érika Alves, coordenadora de Comunicação e Inovação do Centro de Inovação e Tecnologia de Barueri (CIT).
A soldado do 18º grupamento de Bombeiros, Dania Roberta Fiches, falou sobre a sua vocação para atuar na corporação.
“Antes de entrar no Corpo de Bombeiros passei por várias provas e etapas muito difíceis. Não conseguia escalar uma corda e isso me deixou muito frustrada. Não desisti e cumpri todas as fases e estava entre as poucas mulheres recrutadas. Amo o meu trabalho, e se você quiser, pode se superar”, disse Dania.
A médica Luciana Dias Rodrigues, Ceo de uma empresa de medicina diagnóstica, destacou a importância de as empresas atuarem com políticas de inclusão e de valorização das mulheres na ciência.
“As mulheres cada vez mais estão ocupando espaço, é um trabalho árduo e contínuo. Na medicina, as mulheres se destacam cada vez mais. Nos trabalhos ligados à saúde somos maioria, mas infelizmente a minoria em cargos de liderança. Eu luto para reverter essa lógica na minha empresa e me orgulho por ter 90% de mulheres no meu quadro”, destacou a médica.