Após mais de 15 anos, Zoológico de São Paulo recebe pinguins-de-magalhães
Os visitantes já podem conhecer os novos moradores a partir deste sábado (22); o novo espaço foi construído exclusivamente para receber as aves
Nesta semana, após mais de 15 anos, o Zoológico de São Paulo se torna o lar de quatro pinguins-de-magalhães, da espécie Spheniscus magellanicus, nativa da América do Sul. Os animais vieram do Oceanic Aquarium em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e chegam a São Paulo para ocupar um novo espaço construído exclusivamente para recebê-los.
O ambiente foi elaborado considerando as características da espécie, que vive em água salgada, e conta com “piscina”, tocas e fendas que imitam rochas, além de climatização, “obstáculos” para exercícios, entre outros itens. O visitante também encontrará uma área educativa com mediação de educadores ambientais para contar mais detalhes e tirar dúvidas sobre comportamento, curiosidades e aspectos dessas aves.
“Embora muitas pessoas associem os pinguins ao frio, esta espécie é adaptada à grande variação de temperatura, entre 7ºC e 30ºC, e durante o inverno rigoroso, migram para regiões mais quentes, não litoral brasileiro”, explica Marina Somenzari, bióloga do Zoo São Paulo.
Os pinguins-de-magalhães podem ser encontrados na América do Sul, em países como Argentina e Chile. No período de migração, eles são influenciados pelas correntes marítimas como a corrente das Malvinas.
Curiosidades sobre a espécie
Por conta da adaptação a vida marinha, o pinguim-de-magalhães perdeu a capacidade de voar. Suas asas são modificadas de maneira que funcionam como nadadeiras extremamente eficientes, assim como os ossos, que são mais densos facilitando o mergulho.
Apesar de ser um animal associado a lugares de muito frio, com gelo, os pinguins conseguem regular sua temperatura graças a sua plumagem isolante e abundante camada de gordura na pele. Por isso, caso você encontre um pinguim na praia, não o leve para a água gelada, pois essa mudança de temperatura pode ocasionar a morte do animal. Neste caso, comunique os órgãos ambientais para que os especialistas avaliem a situação corretamente e realizem o atendimento.
Outra característica marcante é a coloração, marca registrada dessa espécie, que mede entre 60 e 70 centímetros, pesa em torno de 5 kg e vive em média até 25 anos. Os jovens possuem cor acinzentada, com padrão indefinido, enquanto que os adultos têm coloração preto e branca com faixas bem definidas na lateral do corpo e cabeça. São monogâmicos e o casal divide os cuidados com os ovos e com os filhotes. Normalmente a fêmea sai em busca de comida, enquanto o macho fica protegendo os filhotes no ninho.
Com hábito de caçar em bando, a alimentação dos pinguins-de-magalhães é composta por peixes, crustáceos e lulas.
Serviço:
Funcionamento: das 9h às 17h e bilheteria até às 16h
Ingressos: a partir de R$ 79,90 (inteira) e R$ 39,96 (meia-entrada).
Site: https://zoologico.com.br/atracoes/
Endereço: Avenida Miguel Estefno, 4241, Água Funda – São Paulo – SP – CEP 04301-905