Potência Negra: Sebrae-SP dá a largada para programa gratuito de capacitação para empreendedoras negras

Aulas ocorrerão a partir de 5 de agosto de forma online. Interessadas já podem se inscrever
 

O Sebrae-SP lançou nesta terça-feira (30 de julho) o programa Potência Negra, direcionado para mulheres negras que desejam iniciar seu negócio ou incrementar um empreendimento já existente. O evento foi realizado no auditório da sede do Sebrae-SP na capital paulista e contou com a presença do diretor-superintendente, Nelson Hervey Costa, do diretor técnico, Marco Vinholi, e um público de cerca de 50 empreendedoras negras, além de transmissão pelo canal do YouTube do Sebrae-SP.
 

O programa Potência Negra é uma capacitação totalmente gratuita. As aulas serão online, transmitidas pelo YouTube, no horário das 20h às 22h. Os temas abordados serão: seja uma empreendedora com atitudes certeiras; comece seu planejamento financeiro; como criar anúncios digitais efetivos; comece a organizar suas ideias de negócios; e oficina de pitch. As aulas vão ocorrer às quintas-feiras de 8 de agosto a 5 de setembro.

As inscrições podem ser realizadas pelo Link
 

As concluintes do programa também terão direito a uma mentoria remota individual para tirar dúvidas e poderão participar da rede de network Conecte-se do App do Sebrae – Rede de Mulheres Empreendedoras Negras.

“Fortalecer o empreendedorismo feminino é uma das agendas importantes da atuação do Sebrae e, com o Potência Negra, trabalhamos equidade de gênero e racial. Esse é um desafio que temos no sentido de romper o racismo estrutural e sistêmico existente na nossa sociedade”, afirmou o diretor-superintendente Nelson Hervey Costa. “As mulheres negras juntas são muito fortes. O Potência Negra traz também o valor das mulheres estarem mais conectadas. Essa rede de relacionamento é importante para fortalecer o protagonismo delas como empreendedoras. A mulher pode ser o que ela quiser; e se a mulher negra quiser empreender, tem o Potência Negra. Quero que as mulheres negras tenham o Sebrae-SP como aliado”, completou.

“Mais do que incentivar as pessoas a empreender – e quando falamos disso falamos de emancipação, empoderamento e explorar o potencial que a mulher tem – estamos falando de superar uma série de barreiras que existem em um país tão complexo quanto o Brasil”, disse o diretor técnico Marco Vinholi. “Quando nos referimos à potência negra, é um verdadeiro potencial de empreendedorismo, é um celeiro de boas ideias e vocações que devem estar aliadas ao conhecimento técnico. O Sebrae-SP vem para ajudar as mulheres negras nesse contexto; queremos que esse processo seja contínuo e que possamos gerar resultado na vida delas”, finalizou.

O lançamento teve na sua programação um painel sobre o tema “Negras e poderosas: empreendendo com força e resistência”. A mediadora foi a analista do Sebrae-SP Daiane Ribeiro. Participaram as empresárias Ignez Bacelar, da Makida Moda; Janaina Reis, da Rios de Mim; e Samyra de Souza Aves, da Odara Soluções Digitais.

O evento contou ainda com a palestra da jornalista, escritora e palestrante Joyce Ribeiro intitulada “Mulheres negras e o empreendedorismo – superando a invisibilidade rumo ao sucesso”.

O lançamento foi realizado no final de julho por causa da celebração do Dia da Mulher Negra latino-americana e caribenha, comemorada em 25 de julho. A data foi instituída em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, que destaca a luta das mulheres negras na promoção de políticas que melhorem qualidade de vida e combatam as opressões de gênero e raça.

Representatividade

De acordo com o Relatório Técnico Empreendedorismo Feminino, lançado pelo Sebrae com dados do 4º trimestre de 2023, dentro do universo das mulheres donas de negócio, 49,8% se declaram negras.

Ainda de acordo com o relatório, as mulheres negras são uma população mais vulnerável no mercado de trabalho e encontram no “ser dona do próprio negócio” uma chance de se estabelecer e acessar oportunidade. Durante a pandemia, a população negra e as mulheres negras foram as mais afetadas.

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