Pesquisa aponta crescimento de golpes digitais: 4.700 fraudes por hora em 12 meses; MEIs na mira dos criminosos

A conscientização e a informação são as principais defesas contra os golpistas

Uma pesquisa recente do Datafolha, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que o Brasil enfrenta uma epidemia de golpes digitais, com quase 4.700 tentativas de fraudes registradas por hora nos últimos 12 meses. Esse cenário alarmante acende um sinal de alerta, especialmente para os mais de 15 milhões de brasileiros registrados como Microempreendedor Individual (MEI), que se tornaram alvos frequentes dos golpistas.

Carlos Afonso, sócio do grupo MCR e especialista em finanças, destaca a sofisticação dos golpes e a vulnerabilidade dos novos empreendedores. “Infelizmente, os golpistas estão se tornando cada vez mais criativos e os MEIs, muitas vezes por falta de informação, acabam sendo presas fáceis. É crucial que todos estejam atentos e busquem informações apenas em fontes oficiais”, afirma.

Entre os golpes mais comuns, estão os sites falsos para a geração do DAS-MEI, onde golpistas criam páginas que simulam a identidade visual dos portais oficiais do governo e geram uma falsa guia de recolhimento. O Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP) esclarece que esse processo é sempre gratuito e feito pelo portal Gov.br. O MEMP também esclarece que não envia guias pelos Correios, SMS, WhatsApp ou e-mail, sendo que todo o processo deve ser realizado pelo contribuinte.

Outra modalidade de golpe são os e-mails com solicitações de retificação, pedindo correções em declarações. Ao clicar no link enviado, o contribuinte acaba deixando seu computador vulnerável para que os estelionatários possam praticar uma série de golpes.

Para se proteger, Afonso sugere que o MEI evite clicar em links suspeitos e busque informações somente nas páginas oficiais do governo. “Caso o golpe já tenha sido efetuado, é essencial usar o canal de denúncias da Controladoria Geral da República (https://falabr.cgu.gov.br/e registrar um boletim de ocorrência na polícia”, ressalta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.