Ao menos 10 coletivos foram atingidos em ataques simultâneos, em diferentes pontos da cidade
Ao menos dez ônibus foram depredados na região metropolitana de São Paulo na noite de quarta-feira (02). Só na Estrada de Itapecerica, no Capão Redondo, zona sul da capital paulista, seis coletivos foram atacados, sempre entre 22h00 e 23h00.
Posteriormente, alguns dos motoristas dos ônibus danificados compareceram ao 47° Distrito Policial – Capão Redondo para registrarem um boletim de ocorrência. Em Osasco, Região Metropolitana de São Paulo, também houve ataques.
Investigação
A Polícia Civil investiga uma onda de ataques, que teria começado no dia 12 de junho. De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário, cerca de 400 coletivos já foram depredados, sendo 200 apenas na capital paulista.
As ações criminosas começaram na cidade de São Paulo e rapidamente se espalharam por municípios da Grande São Paulo e da Baixada Santista, como Embu das Artes, Taboão da Serra, Osasco, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, Cubatão e Santos.
Imagens mostram vândalos arremessando pedras contra ônibus em movimento, quebrando vidros independentemente do horário ou da quantidade de passageiros a bordo.
Desafios na internet
A Polícia está monitorando plataformas digitais, investigando se os ataques têm ligação com desafios propagados na internet. Motoristas e responsáveis pelas empresas estão sendo ouvidos para apurar se há envolvimento de grupos organizados ou se os casos têm motivação pessoal.
O sindicato também pressiona por uma resposta rápida das autoridades para evitar mais prejuízos.
A SPTrans, empresa que gerencia o transporte público por ônibus na capital, informou que as companhias são obrigadas a substituir o veículo danificado por outro da reserva técnica para manter o atendimento aos passageiros. A empresa repudiou os atos de vandalismo.
Já a Secretaria da Segurança Pública informou que vai se reunir com representantes das empresas para discutir medidas de enfrentamento aos crimes. O policiamento ostensivo e preventivo segue reforçado nas regiões afetadas.
