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Psoríase: quando a pele revela o que vai por dentro

Você já ouviu falar da psoríase? Muita gente confunde com alergia, micose ou até acha que é contagiosa — mas nada disso é verdade.

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, de origem autoimune. Isso significa que o próprio sistema imunológico, por um erro de reconhecimento, começa a atacar a pele, provocando inflamação, vermelhidão e o aparecimento de lesões espessas, avermelhadas e cobertas por escamas prateadas. Essas lesões podem coçar, arder e até doer.

É uma condição cíclica, ou seja, os sintomas vão e voltam, alternando períodos de crise com fases de melhora. As áreas mais atingidas costumam ser o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos, pés, unhas e o tronco, mas a psoríase pode aparecer em qualquer parte do corpo.

Psoríase no couro cabeludo

Muitas vezes confundida com caspa severa, a psoríase do couro cabeludo é uma das formas mais comuns da doença. Ela provoca coceira intensa, descamação em placas, e pode afetar a autoestima de forma significativa. Em alguns casos, as lesões ultrapassam o limite do couro cabeludo, atingindo a testa, nuca ou atrás das orelhas.

Muito além da pele

Por ser visível, a psoríase frequentemente causa estigma social, o que leva muitos pacientes ao isolamento, à vergonha e até à depressão. Mas ela vai além da aparência: pode se associar a outras doenças importantes, como artrite psoriásica, diabetes, doenças do coração e transtornos emocionais.

Além disso, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são fatores que podem agravar a psoríase e dificultar a resposta ao tratamento. Abandonar esses hábitos é parte essencial do cuidado.

A causa exata ainda não é totalmente compreendida, mas sabemos que há uma predisposição genética e que alguns fatores, como estresse, infecções, traumas na pele e uso de certos medicamentos, também podem piorar ou desencadear as crises.

Cada caso, uma forma

Existem diferentes tipos de psoríase:

Tem tratamento, sim!

A psoríase não tem cura, mas tem controle. Com o tratamento adequado, muitos pacientes vivem bem e com a pele praticamente sem lesões. As opções vão desde cremes e pomadas, fototerapia com luz ultravioleta, até medicamentos orais ou injetáveis, incluindo os mais modernos, chamados biológicos, que atuam diretamente na inflamação.

O tratamento ideal depende de cada caso e deve sempre ser feito com orientação do dermatologista.

Informação é poder

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza campanhas para combater o preconceito e divulgar informações corretas sobre a doença. Se você ou alguém próximo tem sintomas semelhantes, não esconda a pele — procure ajuda.
Cuidar da psoríase é cuidar da saúde como um todo.

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