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Em Osasco, a prevenção do câncer de pele salva cada vez mais — e até celebridades dão o alerta

O câncer de pele, que atinge pacientes em idades cada vez mais jovens, é um problema crescente — mas que pode ser contido com informação, prevenção e diagnóstico precoce. Em Osasco, o trabalho bem-sucedido de capacitação de profissionais de saúde, que inclui agentes comunitários, enfermeiros, técnicos e médicos, tem sido decisivo para zerar a fila de casos suspeitos e intensificar ações preventivas.

O que é e por que atinge cada vez mais cedo

No Brasil, o câncer de pele é o mais comum: corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Os tipos mais frequentes são:

Estima-se que, entre 2023 e 2025, o Brasil registre 220 mil novos casos por ano de câncer de pele não melanoma — especialmente nas áreas mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços e pernas.

O avanço nos jovens está relacionado a diversos fatores: exposição excessiva e desprotegida aos raios ultravioleta, seja do sol ou de câmaras de bronzeamento, hábitos que favorecem obesidade (sedentarismo, dieta desequilibrada, tabagismo, consumo de álcool), estresse, privação de sono e predisposição genética ligada à pele clara.

Em Osasco, a resposta está dando certo

A cidade está colhendo frutos de uma estratégia bem articulada: o treinamento contínuo e integrado das equipes de saúde — médicos, enfermeiros, técnicos e agentes comunitários — tem permitido o rastreamento ágil, o atendimento eficiente e, principalmente, o diagnóstico precoce dos casos suspeitos. Como resultado, a fila para avaliação dermatológica foi zerada, permitindo que os pacientes com sinais ou lesões suspeitas sejam encaminhados sem demora.

Fernanda Rodrigues fala sobre a retirada de um carcinoma basocelular (foto: reprodução instagram @ferodriguesoficial)

Case real: o alerta da atriz Fernanda Rodrigues

Aos 45 anos, a atriz Fernanda Rodrigues chamou a atenção ao compartilhar, nas redes sociais, o retorno de um carcinoma basocelular na testa — tipo de câncer de pele não melanoma, o mais comum e geralmente de crescimento lento. Apesar de já ter superado um episódio em 2024, ela percebeu uma nova “manchinha” e fez outra cirurgia. “Tem que cuidar, tem tratamento, mas não é agressivo. Sou muito atenta, fui na minha dermato, tirei e a vida segue”, disse, em seu Instagram, em tom tranquilo e realista.

Ela destacou a importância da atenção aos sinais do corpo e históricos familiares — inclusive o dela: “Tive uma manchinha na testa há um ano, minha mãe já teve câncer de pele, meu cunhado, vários amigos […]”. Com isso, reforçou mensagens-chave de prevenção: vigilância, consulta dermatológica regular e cuidado mesmo com alterações aparentemente sutis.

Prevenção é a chave — mesmo sendo comum, há cura

O carcinoma basocelular, mesmo com alta incidência — entre 70% e 80% dos casos de câncer de pele não melanoma —, tem altíssima taxa de cura quando detectado cedo. Geralmente, o tratamento é cirúrgico, com possibilidade de técnicas como cirurgia de Mohs ou abordagens tópicas, quando indicadas.

A prevenção passa por:

Em resumo

A mensagem está clara: sob a pele, cada sinal importa. E cada gesto de cuidado faz a diferença — em Osasco e além.

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