Alergias Cutâneas: quando a pele reage mais do que deveria

Por Dra. Simone Neri

A pele é a nossa primeira linha de defesa contra o mundo, mas às vezes, ela reage de forma exagerada a substâncias que, para muitos, são inofensivas. As alergias na pele são exatamente isso: respostas inflamatórias a certos agentes — os chamados alérgenos — que entram em contato com o corpo.

Essas reações podem se manifestar de várias formas: vermelhidão, coceira intensa, inchaço, bolhas ou até descamação. Os culpados? Vão desde cosméticos e perfumes até alimentos, medicamentos, metais como o níquel, picadas de insetos, poeira e até mudanças climáticas.

Os principais vilões

Entre os alérgenos mais comuns estão:

  • Produtos químicos e cosméticos: perfumes, conservantes, detergentes e tinturas de cabelo são frequentes desencadeadores.
  • Metais: o níquel, presente em bijuterias e relógios, é um dos campeões das reações.
  • Ácaros, pólen e pelos de animais: presentes no ambiente doméstico, podem provocar ou agravar quadros alérgicos.
  • Alimentos e medicamentos: em pessoas sensíveis, até um simples camarão ou um antibiótico comum podem causar sérias reações cutâneas.
  • Picadas de insetos: podem gerar desde pequenas lesões até reações severas.
  • Fatores físicos: sol intenso, frio extremo ou até o suor podem irritar a pele.

Como identificar?

Os sintomas variam, mas os mais frequentes incluem:

  • Vermelhidão e coceira (o famoso “pinicar” da pele);
  • Inchaços, principalmente em regiões como olhos, boca e mãos;
  • Bolhas ou pequenas lesões que surgem repentinamente;
  • Ressecamento e descamação, que podem persistir mesmo após a crise.

Entre os tipos mais comuns de alergia de pele estão a urticária, o angioedema, a dermatite de contato (alergia a substâncias que tocam a pele) e a dermatite atópica, que tem caráter crônico e costuma aparecer ainda na infância.

E o que fazer?

Se suspeita de uma alergia na pele, o primeiro passo é procurar um dermatologista ou alergologista. Só o profissional poderá fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir:

  • Anti-histamínicos para controlar a coceira;
  • Cremes calmantes, como os que contêm vitamina B5;
  • Fototerapia, em casos mais resistentes;
  • E, claro, evitar o contato com o agente causador, sempre que possível.

Evitar o uso de álcool e de produtos com fragrâncias fortes também ajuda a reduzir os riscos de crises alérgicas.

Em resumo

As alergias na pele são incômodas, mas na maioria dos casos, tratáveis. O segredo está em observar os sinais do corpo e buscar ajuda médica ao menor sinal de alerta. A pele fala — e quando ela grita, é hora de ouvir.

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