Jovem de Osasco morre após consumir bebida adulterada com metanol; polícia investiga outras mortes
O governo do Estado de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (8), mais uma morte por intoxicação por metanol. A vítima é Daniel Antonio Francisco Ferreira, de 23 anos, morador de Osasco, na Grande São Paulo.
Daniel passou mal após consumir bebida alcoólica supostamente adulterada durante um churrasco com amigos. De acordo com informações da polícia, ele apresentou sintomas como vômito, tontura, dores nas costas e perda de visão antes de sofrer uma parada cardíaca.
A causa da morte foi confirmada como intoxicação por metanol, uma substância tóxica comumente utilizada na adulteração ilegal de bebidas alcoólicas.
Outras duas mortes estão sob investigação
Segundo o boletim de ocorrência, outras duas pessoas que participaram do mesmo evento e consumiram as mesmas bebidas também morreram dias depois. Ambas apresentaram sintomas semelhantes aos de Daniel.
As bebidas foram compradas em uma adega próxima ao local do churrasco, frequentada regularmente pela vítima. A polícia civil investiga se as três mortes estão diretamente ligadas ao consumo de bebidas com metanol.
Casos de intoxicação por metanol aumentam em São Paulo
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o número de casos confirmados de intoxicação por metanol subiu para 20 em todo o estado. Outros 181 casos estão sob investigação e 111 já foram descartados.
Além do caso em Osasco, foram registradas quatro mortes por metanol em outras cidades paulistas: três na capital e uma em São Bernardo do Campo.
CPI do Metanol é criada na Câmara Municipal de São Paulo
Diante do aumento de casos e da gravidade da situação, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol no estado.
A proposta da CPI foi apresentada pela vereadora Zoe Martínez (PL) e contará com sete membros.
