Número de doadoras de leite materno cai 5% em 2020
O temor com a pandemia provocada pelo novo coronavírus pode prejudicar a vida de milhares de pequenos brasileirinhos internados na Unidades Neonatais. Isso porque o número de doadoras de leite materno sofreu queda de 5% em relação ao ano passado. O Ministério da Saúde informou que de janeiro a abril de 2020 o número de mulheres que se dispuseram a contribuir caiu de 61 mil para 58 mil. Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro apresentaram taxas de queda no banco de leite humano entre 25% e 50%.
A amamentação é de extrema importância, em especial nos primeiros seis meses de vida da criança. Nesse período o leite materno contém tudo o que o bebê precisa, incluindo água, além de garantir benefícios ao sistema imunológico. Infelizmente, muitas crianças não podem ser amamentadas pelas suas mães enquanto estão internadas nas Unidades Neonatais, necessitando da ajuda dos Bancos de Leite Humano. No Brasil, mais de 330 mil crianças nascem prematuras e precisam de doação de leite materno. Cada pote de leite materno pode ajudar até 10 recém-nascidos.
Para que as mães não se esqueçam desta importante ajuda, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. O objetivo é reforçar a necessidade de lactantes saudáveis e que podem doar, ajudarem a aumentar o volume de leite materno doado nos estoques dos Bancos de Leite Humano. Dessa forma, pode-se garantir a alimentação de bebês prematuros e/ou de baixo peso que estão internados nas Unidades Neonatais e não podem ser amamentados diretamente nos seios de suas mães. No último ano, apenas 45% desses bebês receberam a doação de leite humano.