SP tem redução de 62% de passageiros no transporte metropolitano na fase emergencial
Etapa mais rígida registra cerca de 4 milhões de pessoas transportadas em um dia; antes da pandemia, há um ano, eram 10,5 milhões de passageiros
O Governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira (19) redução no volume de passageiros do transporte público da Região Metropolitana da capital com a fase emergencial de enfrentamento ao coronavírus. Na última quarta (17), a rede sobre trilhos e de ônibus sob supervisão do Estado transportou quase 4 milhões de passageiros, 62% a menos que o verificado há um ano, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a situação de pandemia.
“Esse movimento diário que, antes da quarentena, era de mais de 10 milhões de pessoas, agora é de menos de quatro milhões”, declarou o Vice-Governador e Secretário de Governo, Rodrigo Garcia. “A orientação do Governo é para que a gente mantenha o sistema 100% operando”, acrescentou.
A fase emergencial entrou em vigor na última segunda (15), com manutenção da fase vermelha do Plano SP em todos os 645 municípios do Estado, toque de recolher entre 20h e 5h, restrições de funcionamento para parte dos serviços essenciais e recomendação de escalonamento de horários de entrada e saída de trabalhadores. Dois dias depois, os trens da CPTM, Metrô, ViaQuatro e ViaMobilidade e os ônibus da EMTU somaram 3,987 milhões de pessoas transportadas.
No dia 12, foram 1,252 milhão de passageiros na CPTM, 1,305 milhão no Metrô, 513 mil nas linhas privatizadas de ViaQuatro e ViaMobilidade e 917 mil na EMTU. Em 11 de março de 2020, quando a OMS oficializou a crise do coronavírus como pandemia, o transporte metropolitano registrou 10,523 milhões de passageiros, com 3,029 milhões na CPTM, 3,749 milhões no Metrô, 1,514 milhão na ViaQuatro e ViaMobilidade e 2,23 milhões nos ônibus da EMTU.
Mesmo com a redução de 62% no fluxo de pessoas transportadas, o Governo de São Paulo manteve 100% de capacidade da frota em operação. A medida é determinante para evitar aglomerações prolongadas nos veículos e também nas estações e terminais.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos também adota operação monitorada na rede metropolitana desde o início da quarentena. Todo o sistema sobre trilhos é avaliado em tempo real, sobretudo em horários de pico. Quando há sobrecarga, CPTM e Metrô liberam mais trens para facilitar a distribuição de passageiros e reduzir o fluxo nas estações.
Escalonamento
Na fase emergencial, o Governo de São Paulo recomenda o escalonamento de horários de entrada e saída de trabalhadores em atividades essenciais para evitar a concentração de passageiros nos períodos de pico no transporte, que ocorrem das 5h30 às 7h30 e das 17h às 19h30.
A orientação para trabalhadores da indústria é de entrada no trabalho entre 5h e 7h e saída das 14h às 16h. Para funcionários de serviços, os horários indicados são das 7h às 9h para entrada e das 16h às 18h para saída. No comércio, a recomendação é de entrada entre 9h e 11h e saída das 18h às 20h.
Associações dos setores de alimentação, automotivo, comércio e serviços, têxtil, químico, plástico e cosméticos estão contribuindo para o escalonamento proposto pelo Estado, impactando 3,7 milhões de trabalhadores.
Os dados detalhados sobre a queda no fluxo de passageiros do transporte metropolitano estão disponíveis no link https://issuu.com/governosp/docs/apresenta__o_redu__o_passageiros .