Atendimento às vítimas e prevenção à violência são prioridades na Secretaria da Mulher
A violência contra a mulher é uma triste e pesada realidade que faz o Brasil ocupar a quinta posição mundial em números de feminicídios. Além desses assassinatos, todos os dias inúmeras mulheres, de todas as idades, são submetidas a alguma forma de violência no País: assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição.
A Secretaria da Mulher de Barueri tem lidado com essa realidade no município atuando de várias formas, no atendimento às vítimas e também na prevenção à violência. Um dos instrumentos mais importantes é o Cram (Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência).
O Cram é constituído de programas de prevenção e atendimento a partir de uma equipe técnica composta por psicólogas, assistentes jurídicas, assistentes sociais, entre outros profissionais, sempre trabalhando em conjunto com setores da administração municipal, como a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SSMU), e de outros órgãos, como a Delegacia da Mulher, o Fórum Municipal, e outros.
Recentemente, o prefeito Rubens Furlan sancionou a Lei 2.846 que “cria a campanha permanente de conscientização e enfrentamento ao assédio e a violência sexual no Município de Barueri”. Entre as ações propostas pela lei estão o “enfrentamento a todas as formas de violência contra as mulheres”, e “a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero, raça ou etnia”.
Para a secretária da Mulher, Giani Cristina de Souza, a nova lei é importante, pois funciona como mais um instrumento de combate à violência contra a mulher, além de reforçar as ações já existentes na pasta.
“A legislação dá maior possibilidade de outros órgãos institucionais adotarem as medidas em favor das mulheres. Também é uma forma de chamar a atenção para o problema, pois ajuda a não ficar esquecido ou encoberto sem que haja a discussão ampla na sociedade”, destaca Giani.
Cram
No caso do Centro de Referência existem basicamente três linhas de atuação. O projeto “Guardiã Maria da Penha”, voltado a mulheres em situação de violência doméstica familiar, por meio da atuação preventiva comunitária das Guardiãs Maria da Penha, com a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, atuando de forma articulada com o Ministério Público e a Delegacia de Polícia da Mulher.
O projeto “Homem sim, consciente também”, realizado com o propósito de orientação e reflexão para mudança de comportamento e ruptura do ciclo de violência para homens autores de agressão. É um programa reflexivo e preventivo, coordenado pela Delegacia da Mulher em parceria com o Cram.
“Projetos Preventivos”, que funcionam por meio de ações de prevenção e reflexão sobre violência doméstica e familiar. O Cram, em parceria com organizações da sociedade civil, empresas privadas, escolas e outros órgãos públicos, vem desenvolvendo encontros e palestras com a participação de adolescentes, jovens adultos e idosos para a divulgação e garantia dos direitos das mulheres.
A Secretaria da Mulher desenvolve ainda cursos, atividades culturais, esportivas e de lazer.