Animais comunitários também recebem toda atenção da Prefeitura
Em quase todas as regiões há ao menos um animalzinho que, apesar de não ter um dono, encontra algum tipo de cuidado coletivo. É aquele cão ou gato que no bairro onde vive recebe atenção das pessoas que residem ali, como alimentação, abrigo e até mesmo carinho. Esses bichinhos são conhecidos como animais comunitários.
Em Barueri, esses casos também são priorizados pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), por meio do Cepad (Centro de Proteção ao Animal Doméstico). Exclusivamente para cuidar deles é que foi implantado o CED (Capturar, Esterilizar, Devolver), em conjunto com o Resgate Animal.
O programa, como a própria sigla diz, prevê a captura desse animal pelo Cepad, que é levado para ser castrado e depois de totalmente recuperado, é devolvido ao ambiente onde foi recolhido e, claro, ao qual está acostumado.
Além de evitar um número ainda maior de cães e gatos abandonados, expostos a acidentes, atropelamentos, maus-tratos etc., a iniciativa representa também segurança sanitária, já que diminui bastante a chance desse animal contrair alguma doença que infecte outros da espécie e até mesmo os seres humanos.
Atualmente estão cadastrados no sistema do Cepad cerca de 75 animais nessa condição. Todos eles já foram esterilizados, microchipados e vacinados pelo serviço. É importante que um dos moradores se coloque como responsável no cadastro para poder usar atendimento veterinário caso esse animalzinho precise.
“Esses animais estão sendo monitorados e catalogados para acompanhamento. Aqueles que já conhecemos são castrados, vacinados, microchipados e vermifugados. Os responsáveis são orientados quanto a alimentação, aos cuidados necessários, ao controle de ectoparasitas etc. Além disso, sempre que precisam de algum cuidado específico, nossa equipe é acionada”, esclarece a médica veterinária do Cepad, Camila Panizza de Camargo.
Aprovado!
Andrea Santos conta como foi a experiência quando precisou do serviço. “Conheci esses animais depois que comecei a guardar meu caminhão no local onde estavam, um estacionamento. Quando cheguei lá, as cadelas tinham acabado de ter filhotes e, nisso, vi a necessidade de ajudar aqueles animais. Em seguida, outras cadelas que lá habitavam também tiveram filhotes e, devido a situação, tivemos que colocar os pequenos para adoção. Esse trabalho não foi fácil, mas conseguimos que todos fossem adotados e, neste tempo, apareceu a doutora Virginia [médica veterinária do Cepad), que foi um anjo na vida desses animais e da gente. Eles ajudaram a castrar todas as cadelas e hoje a gente sabe que todos os filhotes que foram adotados estão bem, assim como os demais que ainda vivem lá também estão” relata.
De acordo com a veterinária Camilla, esses animais se assemelham aqueles em condições de abandono, por não possuírem endereço fixo, mas se enquadram como animais com tutores, pois recebem os cuidados de todos os que residem no bairro, ficando um dia em cada casa, recebendo comida nos locais onde frequentam, sendo cuidados conforme ficam doentes.
“Por serem animais que vagueiam pelo bairro, às vezes as pessoas solicitam o recolhimento, por desconhecerem sua origem. Nesse caso, esclarecemos que se trata de um animal cuidado e monitorado pelo departamento. Quando acontece de ficarem doentes ou serem atropelados, a gente recolhe, trata e depois devolve à comunidade que o adotou”, diz Camila.