Barueri se mantém vigilante no combate às queimadas
O tempo seco devido ao longo período sem chuvas e às altas temperaturas são fatores que facilitam a propagação de queimadas, como a que ocorreu no domingo (22), no Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, que comprometeu 80% do local, afetando a fauna e a flora.
Outras atitudes que contribuem para o surgimento e a gravidade das queimadas são a limpeza de locais por meio de ateamentos de fogo e a soltura de balões, atividade criminosa que fere o Artigo 42 da Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que prevê detenção de um a três anos de prisão e multa, cumulativamente.
Para reforçar a lei federal, Barueri criou a Lei Municipal 2.774, de 27 de agosto de 2020, que proíbe queimadas na cidade. A fiscalização fica por conta da Guarda Ambiental, um braço da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SSMU). O objetivo, além de fiscalizar e punir as ilegalidades, é orientar os munícipes sobre a prática criminosa de fabricar e soltar balões, informar sobre os riscos de realizar a limpeza de terrenos ateando fogo e a ameaça à saúde pública e ambiental ao queimar lixo.
Tudo isso traz consequências graves e até irreversíveis para as áreas, causando risco de morte aos animais, perda de importantes exemplares da flora e contaminação do ar, podendo afetar diretamente a população, escolas, residências e estabelecimentos comerciais ou industriais. Segundo levantamento da SSMU, de agosto de 2020 até 25 de agosto de 2021, foram identificados 72 focos de incêndios.
Os guardas civis ambientais do município também realizam o monitoramento visual de balões que eventualmente cruzem a área do munícipio e alertam: “fogo é sempre sinal de perigo”.
O engenheiro Edson Akira Mihara, do Departamento de Qualidade Ambiental da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri, explica que incêndios desse tipo, como o ocorrido no terreno da empresa Eldorado, são perigosos e as consequências podem ser fatais, considerando que pequenas atitudes podem se traduzir em grandes estragos. “É importante não realizar a limpeza do terreno ateando fogo, recolher o mato seco após a limpeza, não acumular resíduos, seja entulho, resíduo doméstico ou seletivo na propriedade, apagar e jogar a bituca de cigarro em local apropriado, como as caixas de areia e, principalmente, não soltar balões”, alerta o ambientalista.