Vereadores repudiam feminicídios que aconteceram em Osasco na semana do feriado de Páscoa
Recentemente a cidade foi marcada por dois crimes contra mulheres, uma adolescente e uma jovem de 29 anos
Em cinco dias, Osasco registrou dois crimes contra mulheres que chocaram a opinião pública.
No dia 11 de abril, uma menina de 12 anos foi encontrada morta pela irmã de 15 anos. O suspeito do crime, um vizinho, que já está preso, confessou o crime. No dia 15, Nilmara Rodrigues Souza, 29 anos, foi morta a facadas pelo namorado Thiago Barros, preso dois dias depois do crime. A jovem, que estava grávida, deixou dois filhos, de 2 e 7 anos.
O crime contra Nilmara Rodrigues foi pauta da Moção de Repúdio proposta pela vereadora Cristiane Celegato (Republicanos), aprovada na 10ª Sessão Ordinária, realizada nesta terça-feira (19).
“É uma pessoa que conheço. Uma jovem mãe brutalmente atacada pelo namorado na frente dos filhos pequenos. O feminicídio infelizmente tem se tornado recorrente em nosso país. O Brasil ocupa a quinta posição entre os países com maiores taxas de feminicídio”, disse a vereadora do Republicanos, ao apontar números que indicam as altas taxas de violência contra a mulher registradas desde o início da pandemia.
A vereadora Juliana da Ativoz (PSOL) falou sobre os casos de feminicídio que estão acontecendo em Osasco, inclusive o do assassinato da adolescente no início da semana passada. “Nos reunimos para discutir políticas públicas de combate à violência contra a mulher. Precisamos ver de onde vem tanta violência. Desde 2020, apenas 1/3 do orçamento federal foi usado para o combate a essa violência”, comentou a parlamentar, ao solicitar ao prefeito prioridade para colocar em funcionamento espaços para atendimento às mulheres vítimas de violência.
Preocupada com a demora ou falta de atendimento aos pedidos de socorro de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, Lúcia da Saúde (Podemos) falou sobre a urgência que deve ser dada aos casos de violência contra a mulher. “A gente fica de mãos atadas. Eu mesma não consegui agir rapidamente em uma situação de violência; imagine um munícipe que está tentando fazer a denúncia, ajudar a vítima de violência e não consegue auxílio imediato?”, comentou a parlamentar. “Que os que sobreviveram a essa violência tenham atendimento para curar as dores da perda”, finalizou.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, nos dois primeiros meses de 2022 foram registrados 23 casos de feminicídio no Estado.