Vereadora osasquense quer criação de programa voltado aos órfãos do feminicídio
Com cinco cadeiras ocupadas por mulheres, a Câmara Municipal de Osasco tem se destacado nos debates em torno de assuntos relativos às mulheres, incluindo temas como feminicídio e suas consequências, bem como crianças e adolescentes vítimas da violência.
Esses temas foram abordados nesta terça-feira (03), na 12ª Sessão Ordinária, durante a discussão de uma Moção de Congratulações dedicada ao Dia das Mães. A vereadora Elsa Oliveira (Podemos), propositora da moção, aproveitou a homenagem para falar sobre sua Indicação ao Executivo municipal, para a criação de um programa de atenção aos órfãos de feminicídio.
“Muitas crianças não terão oportunidade de chamar alguém de mãe. Pensando nos órfãos do feminicídio, indiquei ao Executivo a criação de um programa que inclui a concessão de benefícios sócio-assistenciais alimentares e outros auxílios, em razão ao desabrigo temporário e orientação para acesso a benefícios do INSS, que muitos cuidadores desconhecem”, afirmou a parlamentar, ao defender o programa, que visa contemplar todos os direitos das crianças e adolescentes órfãos, vítimas do feminicídio.
Elsa Oliveira também falou sobre a reunião da Comissão da Criança, do Adolescente, da Juventude e da Mulher, que contou com a presença de conselheiros tutelares e que teve como um dos temas a violência sexual sofrida por crianças e adolescentes. “A gente sai arrasada das nossas reuniões com o conselho tutelar. O que a gente ouve de relato é coisa pesada, que eu não tenho coragem de falar nessa tribuna. A gente não pode cruzar os nossos braços”, alertou Elsa Oliveira.
Ana Paula Rossi (PL), coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher, parabenizou a colega vereadora pela proposição da Indicação ao prefeito e reforçou que a cidade precisa avançar ainda mais na discussão em defesa das crianças e adolescentes vítimas de violência.
“A Elsa está de parabéns pela Indicação. Essa é uma preocupação que temos: as crianças e adolescentes vítimas de todo o tipo violência. Os órfãos do feminicídio precisam de apoio, proteção e cuidados. Apesar de todos os avanços que tivemos no município, nós ainda precisamos fazer muito”, ressaltou Ana Paula.
