Vereadores cobram melhorias na saúde pública de Osasco
Uma série de denúncias feitas recentemente por usuários da rede municipal de saúde aos parlamentares provocou um intenso debate sobre o papel da Câmara Municipal na fiscalização dos serviços prestados pelo executivo durante a 14ª Sessão Ordinária, realizada nesta terça-feira (17).
A vereadora Elsa Oliveira (Podemos) reforçou que o fato da maioria dos vereadores estarem na base do Governo, não significa que não haja fiscalização e cobranças. A vereadora criticou quem afirma que o legislativo não trabalha, sem conhecer o dia a dia dos membros da Casa de Leis.
“Nós trabalhamos de domingo a domingo. Eu convido quem critica a acompanhar a nossa agenda. Nós não estamos de braços cruzados estamos vendo tudo que acontece na cidade. Nós fiscalizamos os trabalhos e não passamos a mão na cabeça do prefeito não. E falamos que a saúde precisa melhorar, sim”, afirmou Elsa Oliveira ao falar sobre uma mensagem recebida na manhã desta terça-feira, de uma munícipe reclamando da dificuldade em fazer um exame em uma unidade de saúde, devido à falta de material. “Enviei a reclamação para a Secretária Adjunta e estou cobrando providências”, disse a vereadora.
O debate surgiu porque a vereadora Juliana da Ativoz (Psol) comentou que o Hospital Municipal Antônio Giglio estaria desde segunda-feira (16), sem acesso à internet, o que estaria provocando problemas no encaminhamento de pacientes para a pediatria.
“No outono temos aumento nos casos de problemas respiratórios e aumento de casos de Covid. Não podemos deixar um serviço dessa importância, sem comunicação. Já recebi denuncias sobre falta de pediatras e desorganização”, reclamou a parlamentar cobrando providências e reforçando a importância do SUS (Sistema Único de Saúde).
Pelé da Cândida (MDB) também fez severas críticas à falta de internet no Hospital e comentou sobre as denúncias que também recebe de munícipes que procuram o serviço de saúde.
“Vejo com muita tristeza essa informação. O contrato da empresa que fornece serviços ao hospital Antônio Giglio tem um valor alto e o serviço tem de ser exemplar. Já visitei o Antônio Giglio e confesso que não gostei de algumas coisas que vi”, alertou Pelé.
O parlamentar afirmou que a maioria dos vereadores recebe reclamações da saúde e apontou que a crise provocada pela pandemia da Covid aumentou o número de usuários no SUS. “A pessoa escolhia se comia ou pagava convênio, então houve procura pelos serviços do SUS. Sabemos das dificuldades, mas não podemos deixar que algumas coisas aconteçam”, justificou.
O presidente da Câmara, Ribamar Silva (PSD) esclareceu que a Casa de Leis é um espaço democrático e que o papel do vereador é fiscalizar e apontar quando há problemas, para que sejam encontradas soluções.
“Quando o atendimento está bom não recebemos reclamações, mas quando começamos a receber reclamações dos munícipes é porque algo está errado. E estamos começando a receber criticas. Aqui é um espaço democrático, quando está bom nós elogiamos, mas quando está ruim, nós criticamos e procuramos saber o que está acontecendo”, declarou Ribamar reforçando que o Hospital Antônio Giglio não pode apresentar alguns tipos de problemas.