Pedalar é vida: Prova Ciclística de Barueri é um sucesso
Cycling is life (pedalar é vida, em português) estava escrito nas costas da camiseta de uma atleta que participou da 13ª Prova Ciclística de Barueri, realizada no último domingo (dia 22). Pedalar é vida mesmo, como se pode observar nos bastidores da prova. Muitos clubes de ciclistas de diversos lugares do Estado montam tendas onde o associado pode descansar e combinar com os demais as estratégias que vão adotar durante a competição.
A roda da economia gira com os expositores de bicicletas e de acessórios para ciclistas. A organização da prova garantiu quase meia tonelada de frutas para oferecer aos participantes, além de 15 galões de água mineral (300 litros), mas também havia muitos food trucks nas imediações.
A Prova Ciclística de Barueri também deu oportunidades de trabalho aos árbitros, cronometristas, fotógrafos, profissionais de saúde e de segurança, assim como aos operadores de computador, controladores de acesso que distribuíam os números dos ciclistas regularmente inscritos.
A paixão pelo pedal estava nos olhos de todos os participantes que vieram de longe com as bikes presas nos tetos dos carros ou de quem mora nas imediações e já veio pedalando o próprio veículo com o qual iria competir.
Muitos dos ciclistas, ainda que de equipes diferentes, já se conhecem há muito tempo e é comum que se encontrem nas provas e também formem grupos no WhatsApp para combinar treinos e passeios. A afinidade pelo ciclismo pode fazer com que muitos comecem a namorar e cheguem até a parar no altar.
Amor à primeira pedalada
Daniela de Oliveira, moradora de Jundiaí, 39 anos, estava começando a pedalar há cerca de três anos e procurava uma bike para comprar. Quando foi apresentada a Luciano Pereira, o “Portuga”, 41 anos, o vendedor, passou um cupido montado numa bicicleta e flechou os dois na mesma hora.
O casamento deles foi um verdadeiro evento ciclístico amplamente divulgado nas redes sociais. Os pouco mais de R$ 1.000,00 ganhos como prêmio pelo casal são infinitamente menores que as bikes e os seus equipamentos (mais de R$ 100 mil). “Participamos pelo amor que temos um pelo outro e pelo esporte. Nada mais importa”, afirmou ela.
Personagens da Prova
Elizete Elídia da Silva, de 70 anos, moradora do Jardim Silveira há quatro anos, aproveitou a caminhada na pista da Área de Lazer para dar uma espiadinha nas corredoras junto à linha de chegada: “já vi essa prova aqui em outros anos. É legal. Não atrapalha a gente em nada”, afirmou.
Gonçalo José de Oliveira, ciclista veterano, fez questão de participar da prova sem qualquer preocupação competitiva. Ele sofreu um gravíssimo acidente de bicicleta no ano passado e esteve à beira da morte. Foi ovacionado pelo público tanto na hora em que tocou o sino que anuncia a última volta, quanto no momento em que completou o percurso.
Sandro Pereira da Silva, morador de Itapevi, é um fotógrafo-ciclista que acompanha as provas ciclísticas e cruza a linha de chegada várias vezes para capturar as melhores imagens e publicar no seu aplicativo Fotoroom 2022. “Não gosto de competir, prefiro os passeios”, revela.