Barueri comemora baixos índices de mortalidade materna
No sábado (dia 28 de maio) foi comemorado o dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna e também é o Dia da Luta Internacional pela Saúde da Mulher. A data, instituída pela OMS (Organização Mundial Saúde), tem o objetivo de dar visibilidade ao tema e combater as principais causas de óbitos de mulheres ligados à gravidez, parto e puerpério.
A mortalidade materna é o principal indicador sobre a qualidade da saúde ofertada à população e, infelizmente, no Brasil a taxa de óbitos ainda é alta. De acordo com o Ministério da Saúde, só em 2020 foram registradas 996 mortes no País.
Barueri está na contramão com relação aos índices nacionais. Nos últimos anos, os números de óbitos no município seguiram em baixa. Foram nove casos em cinco anos. Isso é graças a garantia de saúde integral da mulher ofertada na rede municipal de Saúde, ligada à Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde (Cabs), presente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Cuidado integral
A assistência em saúde para mulheres de Barueri integra, além das consultas ginecológicas de rotina, o pré-natal de baixo e de alto risco, exames de prevenção como Papanicolau, ultrassonografia, mamografia, exames de imagem e laboratoriais e cirurgias ginecológicas. No município, a gestante conta ainda com todo o aparato e a estrutura tecnológica do Hospital Municipal Francisco Moran (HMB) para os casos mais graves e o Centro de Diagnósticos, com tecnologias das mais avançadas para cuidar da saúde da mulher.
“Contamos com um núcleo de vigilância, instituído nas Unidades Básicas de Saúde, e realizamos monitoramento de exames alterados; fazemos uma busca ativa dessa população, resultando em altos índices de cura”, explica a diretora de Saúde da Mulher, Maria Celeste Gonçalves. Ela ressalta que a atenção à saúde da mulher é dada em todas as fases da vida, orientando sobre a importância do acompanhamento para a prevenção de doenças.
Vale destacar ainda o programa de Planejamento Familiar acessível em todas as UBSs, que orienta mulheres sobre os seus direitos reprodutivos e disponibilizando métodos contraceptivos, prevenindo a gravidez indesejável, o que reflete nas taxas de abortos ilegais, uma das principais causas de mortalidade materna.
Principais causas
A mortalidade materna, segundo a OMS, é defina em óbito de mulheres durante a gestação até 42 dias após o parto. Entre as principais causas de mortalidade materna estão a síndrome hipertensiva da gestação, infecções no puerpério, complicações relacionadas ao aborto e hemorragias.
Parto seguro
Na Maternidade Municipal Nair Fonseca Leitão, que realiza uma média de 350 partos por mês, o índice de mortalidade é zero por se tratar de uma maternidade de baixo risco. De acordo com a diretora da unidade, Marcia Buchala, esses números estão diretamente relacionados à qualidade da assistência pré-natal de Barueri e também à eficiência no atendimento prestado na unidade, que segue rígidos protocolos de segurança.
“Na Maternidade realizamos check-lists de cirurgia segura, mais assepsia e anti-assepsia visando a diminuição da taxa de infecção puerperal”, cita Marcia. Ela ressalta ainda que há outros protocolos que asseguram o controle das hemorragias, fator de risco que está sujeito a qualquer mulher em trabalho de parto, independentemente se ela está ou não em uma gestação de risco.
Amamentação “golden hour”
Outra ação tomada pelas equipes da maternidade e que ajuda a prevenir os casos de hemorragias é a chamada amamentação “golden hour”, expressão em inglês que significa a “hora dourada”. Ela representa o incentivo ao aleitamento materno na primeira hora de vida do bebê, ato importante, inclusive para a mãe.
“Amamentação é muito importante porque além de estimular o vínculo da mãe com o bebê, durante a amamentação um hormônio chamado ocitocina é liberado, agindo na contratilidade do útero, evitando a hemorragia”, explica Marcia.