Vôlei Osasco está de portas abertas para seleção queniana

 A ponte Osasco-Quênia começou a ser erguida quando o técnico Luizomar e mais cinco membros da sua comissão técnica no Osasco São Cristóvão Saúde seguiram até a África para a reta final de preparação visando a Olimpíada de Tóquio. No Japão, os alicerces dessa estrutura ganharam uma base sólida. Agora, após a chegada das quenianas para um período de treinos no Brasil, a ligação entre os dois continentes se completa, abrindo definitivamente o caminho para o intercâmbio que visa o desenvolvimento do vôlei entre os africanos, patrocinado pelo programa piloto da FIVB Volleyball Empowerment, da Federação Internacional de Vôlei.A seleção do Quênia chegou ao Brasil no final de junho, com 16 atletas e dois membros da comissão técnica. Desde então, treina em dois períodos no ginásio José Liberatti, sob a batuta de Luizomar e sua CT. Na tarde desta sexta-feira (15), faz o primeiro jogo-treino contra as anfitriãs. Será uma oportunidade de medir a evolução do time que se prepara para o Campeonato Mundial diante do Osasco São Cristóvão Saúde, um dos maiores vencedores do vôlei nacional e único clube feminino do Brasil dono de um troféu de campeão do mundo interclubes.

O confronto desta sexta-feira será com portões fechados, mas Luizomar programa amistosos entre Quênia e Osasco com portões abertos. Será uma oportunidade de conhecer de perto as atletas africanas e também o novo elenco osasquense que se prepara para a temporada 2022/23. “É uma alegria e uma honra receber a seleção queniana em Osasco. Desde a experiência no trabalho para a Olimpíada de Tóquio, aprendemos não só a gostar, mas respeitar o empenho, dedicação, humildade e vontade de aprender de todas elas. Isso sem contar a alegria contagiante”, comenta Luizomar.

As quenianas permanecerão em Osasco por um período de cerca de três meses, na reta final de preparação para o Campeonato Mundial, entre 23 de setembro a 15 de outubro, na Holanda e na Polônia. O Quênia está no Grupo A ao lado da Holanda, da Itália, atual campeã europeia, além de Bélgica, Porto Rico e os também africanos Camarões.

Além da contar com toda estrutura do ginásio José Liberatti e o intercâmbio com o Osasco São Cristóvão Saúde, a seleção queniana consegue, graças ao Programa de Capacitação de Vôlei da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), o Volleyball Empowerment, manter a sequência do trabalho iniciado por Luizomar nos Jogos de Tóquio/21.

União – A integração com as atletas do Osasco tem sido a melhor possível, tanto dentro como fora de quadra. Recentemente, Luizomar puxou três quenianas para participar de parte do treino do time osasquense. A central Fabiana resumiu o sentimento de todos no José Liberatti em suas redes sociais:

“O esporte é tão mágico, né? Essas meninas são da seleção feminina de vôlei do Quênia. Estão treinando em Osasco e é tão bacana perceber que elas valorizam tanto a experiência que estão tendo! São meninas tão guerreiras, que treinam e amam o vôlei em situações tão adversas! Essa troca é tão importante tanto pra mim quando pra elas. Essa convivência tem sido gratificante! Aprender mais sobre a história de vida de cada uma, da luta diária que é jogar vôlei e entender que os sonhos dos outros tem que ser respeitados! Cada uma dessas meninas treina em quadras de vôlei feitas de terra! E a gana, a vontade de aprender e o amor que elas carregam a cada lição aprendida é de se admirar! Que privilégio meu poder dividir um pouco do que sei e aprender com elas sobre a vida! BEM-VINDAS MULHERES GUERREIRAS do Quênia!”

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