Barueri faz alerta sobre doenças transmitidas por pombos

Assim como os ratos, os pombos são transmissores de doenças (mais de 20 tipos) e, mesmo com sua aparência inofensiva, podem apresentar grandes perigos à saúde e aos processos produtivos de alimentos. Mas isso não quer dizer que devemos sair matando as aves, até porque o ato configura crime ambiental, conforme a Lei Federal 9.605, de 1998. Há formas menos cruéis e até mais eficientes de afugentar esses bichinhos.

Com ausência de predadores, grande oferta de alimentos e a facilidade de abrigamento, o processo de procriação dessa espécie é desenfreado. Diante dessa condição de reprodução descontrolada, os pombos podem ser considerados uma praga urbana, conforme alerta a equipe de especialistas do Departamento Técnico de Controle de Zoonoses de Barueri (DTCZ), ligado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde, formada por médicos veterinários e biólogos.

Grandes problemas são causados pelas fezes desse animal. Quando secam, acabam se misturando à poeira e ao ar, podendo ser inalada, o que ocasiona a transmissão de doenças por fungos e bactérias responsáveis por doenças nos aparelhos respiratório e digestivo. É o caso da Salmonela, bactéria responsável por causar vômito e diarreia, e da Criptococose, que é uma doença respiratória grave e em casos extremos pode levar à pneumonia ou a meningite.

Evitar a proliferação é fundamental
Os chamados “4 A’s” resumem bem o que os pombos mais buscam: Acesso a Alimento, Abrigo e Água. Se não houver condições favoráveis a isso, eles vão embora.

A facilidade de acesso a alimentos, água e abrigo é o que mais colabora para o aparecimento de pombos, especialmente no meio urbano. Isso torna o local adequado para que alojem seus ninhos. Se a ideia é afugentar os pombos, evite tais facilidades agradáveis a eles.

Estudos apontam que o aumento das aves se deve a três fatores: a oferta de abrigo, por meio de tantas casas e prédios; a ausência de predadores, como gaviões; e o fácil acesso a comida. Por isso, para evitar a proliferação, a primeira medida a ser tomada é não alimentar os pombos.

“Quando damos comida, os pombos acabam se acostumando e ficam alojados nas casas”, alertam os especialistas da Zoonoses. Com a falta de comida, as aves são forçadas a procurar alimento em outros locais. Muitas pessoas facilitam ao deixar a ração de animais espalhadas pelo quintal. “A ração do gato ou do cachorro acaba sendo um atrativo para a ave”, destaca a equipe do DTCZ. Também é importante armazenar o lixo em lixeiras com tampa.

Cuidado com as fezes secas
Não varra as fezes secas dos pombos para evitar que a poeira, com esporos de fungo, seja inalada. O ideal é umedecê-las com água para removê-las e sempre utilizar máscara ou pano úmido cobrindo a boca e o nariz no momento da limpeza. O uso de água sanitária ou cloro também é recomendado, desde que aplicados seguindo as recomendações dos fabricantes para evitar acidentes e intoxicação.

Tape buracos e frestas
Os pombos são aves silvestres típicas de montanhas, por isso, nas cidades, têm o costume de fazer ninhos em locais altos como prédios, telhados e forros de casas e construções inacabadas e abandonadas. E esse é outro ponto que deve ser reforçado para reduzir a proliferação dessas aves: impedir que façam ninhos nesses locais, vedando qualquer fresta ou vão que sirva de abrigo. “Instalar barreiras com objetos pontiagudos, fios e linhas em beirais e planos inclinados pode ajudar a afastá-los”, finalizam os profissionais da Zoonoses.

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