Fechando o Novembro Azul, Barueri promove palestras dedicadas à saúde do homem
No Calendário Nacional de Saúde, o mês de novembro é dedicado à saúde masculina e é simbolizado pela cor azul, dando origem à campanha Novembro Azul. Um dos principais fatores para a existência da campanha é a resistência por parte do homem para cuidar da própria saúde.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o mais recorrente entre os homens, correspondendo a 29% do total de casos confirmados entre 2020 e 2022. Por isso, o Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB), promoveu duas palestras sobre o tema com o Urologista Gustavo Henrique Cordeiro e o coordenador da Urologia, Jair Pedralli Jr.
Cordeiro falou sobre a saúde do homem e destacou as doenças mais comuns que acometem o público masculino. Mesmo assim, a plateia presente foi formada, em boa parte, por mulheres.
“Dificilmente se vê um grande número de homens participando de palestras do Outubro Rosa – mês dedicado à saúde da mulher –, mas elas acabam levando a informação aos companheiros, familiares e homens de um modo geral, então é importante que elas, que já têm o hábito de ser mais cuidadosas com a própria saúde, participem das palestras”, disse o profissional, que, embora não tenha abordado o câncer de próstata, salientou que é importante promover este tipo de ação para ajudar a quebrar alguns paradigmas.
“Ainda há um pouco de preconceito, embora venha diminuindo conforme a população é esclarecida e principalmente quando fazemos campanhas como esta. Mesmo na área de saúde, encontramos pessoas com um certo receio, um preconceito de exames um pouco mais invasivos, mas o quadro tem melhorado”, concluiu.
Já Pedralli, que falou também sobre peculiaridades da saúde masculina, mas com ênfase no câncer de próstata, lembrou que a informação é a forma mais eficaz de lidar com todos os estigmas que cercam o assunto. “Ainda há muito preconceito e machismo e o Novembro Azul tem como um dos objetivos atacar isso, mostrando o que é, como fazer e as consequências da falta de um tratamento adequado”, afirmou, apontando que a resistência ao exame de toque é inversamente proporcional ao grau de instrução e à idade do indivíduo.
No entanto, ele relacionou o aumento de detecções ao fato de a procura por atendimento ter aumentado. “Notamos um aumento do número de diagnósticos porque os homens têm ido ao consultório do urologista para se informar e fazer os exames, o que faz com que possamos tratar mais cedo os pacientes com câncer de próstata e, quanto mais precoce é a detecção e o tratamento, maiores são as chances de cura e de uma boa qualidade de vida”, concluiu.