Casos de raiva em São Paulo: Especialista alerta para cuidados com os pets e tutores

Após 40 anos, nos últimos dias, a cidade de São Paulo registrou o primeiro caso de raiva canina, identificado pelo Instituto Pasteur, em um cachorro no bairro do Butantã. Diante deste cenário, a capital reacende um alerta da importância da vacinação em dia dos animais para evitar uma transmissão continua.
 

De acordo com a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Jenessa Martinez, o registro em São Paulo é preocupante para um aumento de casos, principalmente em cachorros. “A raiva é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo cães, gatos e humanos, e é transmitida principalmente pela mordida de animais infectados. Portanto, a doença afeta não só os pets, como também pode ser uma grande ameaça à saúde humana”, alerta.
 

Diversas são as causas que podem ser atribuídas a esse registro. “Uma das principais razões para esse caso após 40 anos sem nenhum indício de raiva canina é a falta de vacinação adequada aos animais de estimação. Antigamente, eram feitas campanhas constantes em diversos pontos locais de cada região para vacinação, hoje é menos comum, o que pode resultar em novos casos”, explica a médica veterinária.
 

Jenessa aponta que a vacina contra a raiva é altamente eficaz na prevenção da doença, mas infelizmente, muitos tutores de animais negligenciam essa medida crucial de proteção. “Além disso, a movimentação crescente de animais entre áreas rurais e urbanas também pode contribuir para a disseminação do vírus”.
 

Neste cenário, a professora de Medicina Veterinária elencou alguns cuidados essenciais aos pets para evitar contaminações e novos casos, confira.

1. Vacinação Obrigatória: todos os cães e gatos em São Paulo e demais regiões devem ser vacinados contra a raiva. Consulte o veterinário regularmente para garantir que seu animal de estimação esteja atualizado com as vacinas.
 

2. Identificação: é essencial que seu cão tenha uma identificação clara, como uma coleira com etiqueta de identificação e microchip. Isso facilita a localização do proprietário em caso de perda.
 

3. Supervisão: evite que seu cão vagueie livremente pela rua. Mantenha-o sob supervisão adequada ou use uma coleira e guia quando estiver em locais públicos. Lembrando que os felinos também contraem a doença, não deixem os gatos com acesso livre a rua.
 

4. Observação de Comportamento: esteja atento a quaisquer mudanças no comportamento do seu animal, como agressividade, salivação excessiva, dificuldade em engolir ou convulsões. Caso observe algum desses sintomas, consulte imediatamente um veterinário.

A raiva é uma doença de rápida transmissão, sendo crucial que os tutores e população tomem cuidado inclusive para sua saúde. “No caso dos humanos é recomendado evitar contato direto com animais suspeitos, evitar tocar em cães ou outros bichos que pareçam estar doentes, agressivos ou que não tenham um tutor. Além disso, caso for mordido ou arranhado por algum pet suspeito de estar infectado com raiva, lave a ferida com água e sabão e procure assistência médica imediatamente. A vacinação para esse paciente ferido pode ser necessária também”, finaliza Jenessa.

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