Vera Holtz e Guilherme Leme Garciaretomam Camus em novo olhar sobre O Estrangeiro
O ESTRANGEIRO_reloaded estreia em 16 de maio no Teatro Vivo
O Estrangeiro_reloaded é um espetáculo apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal com patrocínio por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e Teatro Vivo.
Uma adaptação do livro do escritor, jornalista e filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960), Prêmio Nobel de Literatura em 1957, lançado em 1942.
Era Natal de 2008 na Dinamarca. Guilherme e Vera conheceram juntos a versão da mais conhecida obra de Albert Camus adaptada pelo ator, diretor e amigo dinamarquês Morten Kirkskov. Guilherme já gostava do livro e ficou encantado com a possibilidade de levar O Estrangeiro aos palcos. Vera aceitou estrear na direção. Juntos, criaram a primeira montagem do clássico do escritor no Brasil.
O processo levou dois anos de maturação com leituras dramatizadas realizadas para amigos, críticos literários, diretores e público, no Rio e em São Paulo. Após 15 anos da primeira e bem-sucedida montagem, sucesso de público e crítica, que circulou por quatro anos pelo Brasil e se encerrou no Festival de Edimburgo em 2012, Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia, se juntam novamente para darem nova roupagem e emprestar novo olhar, remixado e recarregado de novos sentidos, à obra prima da literatura mundial. O Estrangeiro, de Albert Camus, volta aos palcos mostrando todo seu potencial contemporâneo repleto de existencialismo, humanismo e teatralidade a partir de 16 de maio, no Teatro Vivo.
Meursault, o personagem central de O Estrangeiro, leva uma vida banal; recebe a notícia da morte da mãe, comete um crime, é preso, julgado, em meio à controversa relação entre o indivíduo e a lei, sendo assim mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da história. Seu drama pode ser lido como o drama de qualquer pessoa, que se depara com o absurdo, ponto central da obra de Albert Camus.
Na trama, Meursault não encontra explicação nem consolo para o que acontece em sua trajetória, tudo acontece à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara, e se angustia, diante da liberdade e do absurdo, e quando descobre que essas duas condições são intrínsecas, finalmente encontra a paz.
“Quinze anos se passaram desde que desenhei Mersault na primeira montagem. Nesses anos tanta história se passou no mundo e na minha vida que é quase impossível pensar essa peça e esse personagem sem contar com tantos novos desafios que se apresentam frente ao nosso pensamento. Uma nova encenação se faz necessária para que a visualidade cênica venha cheia de vitalidade e atualidade, um Mersault ainda mais simples e ao mesmo tempo mais sofisticado se torna imprescindível para que eu possa pensar uma interpretação mais vertical e contundente”, diz Leme Garcia.
O conflito existencial do protagonista Mersault é parte da filosofia do absurdo de Camus tratada em seus ensaios O mito de Sísifo (1942) e O homem revoltado (1951), tornando fundamental o entendimento da tese do absurdo de Camus para esta tentativa de compreender moral e eticamente o personagem Mersault e a obra O Estrangeiro.
O nome Meursault foi composto pensando na fonética francesa das palavras morte (mort) e sol (soleil). Mas, antes do Meursault de “O estrangeiro”, existiu Patrice Mersault, personagem de “A morte feliz”, primeiro romance de Camus, que só foi lançado após a sua morte.
O Estrangeiro, publicado em maio de 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, foi logo reconhecido como um divisor de águas na história da literatura, pois representava uma ruptura formal com o romance do século 19 e uma nova forma de apreender o mundo que sairia transformado após o final do conflito. Camus colocava seu leitor diante do absurdo da existência. Mas apesar do tema filosófico, a narrativa em nada se aparentava a um romance de tese.
Ficha Técnica
Texto: Albert Camus
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Direção: Vera Holtz
Performance: Guilherme Leme Garcia
Desenho de Luz: Aline Santini
Figurino: João Pimenta
Movimento: Renata Melo
Trilha Sonora: Zema Tämatchan
Identidade Visual: Roger Velloso
Fotos: Gustavo Leme
Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro
Assistente de Direção e Produção Executiva: Sofia Papo
Direção de Produção: Sérgio Saboya
Serviço:
De 16 de Maio a 27 de Junho
Teatro VIVO – Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi, São Paulo – São Paulo
Terça, Quarta e Quinta às 20h00
Duração: 60 min
Classificação: 16 anos
Ingressos: R$120
Obs. O ingresso PREÇO POPULAR é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional por sessão. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.
Bilheteria: Fone: 11 3430-1524 – Funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da apresentação
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860) – Morumbi
Estacionamento no local:Valor R$25 – Funcionamento: 2h antes da sessão até 30 minutos após o término da apresentação.
IMPORTANTE:
- O comprovante de meia entrada e de qualquer outro benefício de descontos deverá ser apresentado na entrada do teatro. A falta ou não apresentação de documento válido resultará no pagamento da diferença de valor do ingresso;
- Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. Não havendo a devolução do valor nem troca de ingressos para outro dia ou outra sessão;
- Não será permitida a entrada no teatro portando, alimentos ou outras bebidas.
Teatro VIVO – Av. Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi, São Paulo-SP
Meia Entrada:
Estudantes – mediantes apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) – Modelo único, emitida pelas entidades oficiais.
Professores e Funcionários – das redes estadual e municipal de ensino de São Paulo mediante apresentação da Carteira Funcional ou Demonstrativo de Pagamento, acompanhado de documento oficial com foto.
Idosos – pessoas com idade superior a 60 anos mediante apresentação do documento de identidade oficial com foto.
Pessoas com necessidades especiais – mediante apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência, documento emitido pelo INSS ou holerite que comprove a aposentadoria, acompanhado de documento oficial com foto.