Café com Libras aborda mercado de trabalho para surdos 

A 4ª edição do Café com Libras da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Barueri (SDPD), realizada na sexta-feira (dia 17), apresentou o tema “A pessoa surda no mercado de trabalho”. A ação tem o objetivo de reunir a comunidade surda com a ouvinte para romper as barreiras da comunicação.  

O evento aconteceu na sede da SDPD e foi conduzido pela analista de contas Roberta Moreira Generoso, que compartilhou sua trajetória profissional sendo uma mulher surda. Ela deu dicas para que outras pessoas com deficiência auditiva possam progredir no mercado de trabalho.  

“Sou surda de nascença. Estudei em um colégio somente para surdos, onde comecei a minha vida estudantil. Já no colegial foi diferente, não tinha intérprete. Assim foi também na faculdade. Mas fui persistente, fiz três faculdades”, conta Roberta, que é formada em Design de Interiores, Pedagogia e Letras.  

Sucesso profissional  

Roberta destacou fatores que fazem a diferença para as pessoas surdas terem chances de crescer profissionalmente.  

“A gente que é surdo sabe que não é fácil. Falta estrutura e recursos, mas as empresas precisam também de apoio para fazer essa inclusão. Então quando você for fazer a entrevista de emprego, demonstre que está disposto a aprender e a pedir ajuda. Mostre quais são as suas habilidades”, indica. 

Ninguém trabalha sozinho  

Outro ponto destacado foi a importância de se criar um bom relacionamento com a empresa.  

“É importante a gente conseguir fazer uma troca com a empresa. Ninguém faz nada sozinho. É querer trabalhar em equipe e romper com as barreiras da comunicação. Você também pode ensinar um pouco de Libras no seu trabalho e o ouvinte te ensinar um pouco de português. Essa troca é muito importante”, disse.  

O que é cultura surda? 

A cultura surda, para Roberta, precisa ser desmistificada também nas empresas.  

“Os ouvintes precisam entender a nossa cultura surda. Não dizer a eles que somos bravos e impacientes. É deixar claro as nossas dificuldades, dizer que precisamos do intérprete e acessibilidade e que o português é a nossa segunda língua, e que Libras é a nossa primeira”, conclui.  

O Café com Libras acontece a cada dois meses na sede da SDPD, que fica na rua Vereador Isaías Pereira Souto, 174 – Jardim Belval. Siga a SDPD também no Instagram e no Facebook.  

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