Zoonoses de Barueri alerta sobre os riscos de contato com morcegos

Morcegos são mamíferos capazes de voar, de hábitos noturnos que saem dos abrigos ao entardecer para se alimentar. Existem várias espécies de morcegos e a maioria se alimenta de insetos, néctar de flores ou frutos e de pequenos animais.

Na natureza podem se abrigar em copas de árvores ou cavernas; já nas áreas urbanas, podem se alojar em tubulações, estruturas abandonadas, residências, principalmente em locais escuros, úmidos e pouco frequentados, como forros, sótãos ou porões.

Há apenas três espécies que se alimentam de sangue e, ainda assim, preferem o sangue de animais. Os morcegos são importantes para polinização e controle de insetos. São animais protegidos pela Lei 9605/98 e sua eliminação direta pode configurar crime ambiental. Os principais indícios da presença desses animais são fezes e o ruído característico.

Apesar de qualquer mamífero ser capaz de adquirir e transmitir a Raiva, os morcegos são considerados os animais de maior importância para o risco de transmissão da doença, que pode acometer seres humanos e animais de estimação. A Raiva é grave e quase sempre fatal quando o tratamento não é instituído rapidamente. A transmissão ocorre pela introdução do vírus, que fica presente na saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordidas e arranhões.

No ano de 2020, o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ) de Barueri atendeu 41 reclamações referentes a morcegos. Na maioria das vezes, os animais foram encontrados por moradores em condições inabituais: caídos durante o dia, mortos, dentro de casa ou atacados por animais de estimação. Essas condições podem indicar que o morcego está doente, o que representa maior risco para as pessoas, pois o animal pode estar com Raiva e transmiti-la a cães e gatos, assim como a humanos por meio do contato direto.

Entretanto, o DTCZ esclarece que situações em que os animais são vistos sobrevoando casas ou árvores frutíferas, principalmente no início da noite, são consideradas normais e não devem despertar pânico na população.

Para prevenir qualquer acidente, a Zoonoses lista algumas atitudes que devem ser tomadas:

–          Nunca manipular nenhum tipo de morcego, vivo ou morto, pois há risco de transmissão da raiva;

–          Não tentar pegar, pois a captura de morcegos só pode ser feita por profissionais especializados e legalmente autorizados;

–          Em casos de residências desocupadas, realizar fechamento de espaços (portas, janelas, forros, vãos e outros) que possam servir como abrigo para morcegos e animais sinantrópicos;

–          Caso haja suspeita de morcegos alojados no forro ou em algum outro local do imóvel, o munícipe deve contatar o DTCZ para receber as devidas orientações;

–        

  A população também deve evitar contato com outros animais silvestres, como saruês (gambás), saguis e raposas, pois eles também podem transmitir a doença.

Em caso de contato com o animal, o cidadão deve procurar com urgência a unidade de saúde mais próxima para orientação médica. Se um animal doméstico (cão ou gato) tenha tido contato com o mamífero, procure um médico veterinário ou o

DTCZ e mantenha-o vacinado contra Raiva.

Caso encontre um morcego dentro de casa ou durante o dia, vivo ou morto, basta ligar para o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses, por meio do telefone (11) 4198-5679 de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, ou para a Guarda Civil Municipal Ambiental pelo telefone (11) 4199-1400 todos os dias, das 7h às 18h, e aos finais de semana e feriados, das 06h às 18h.

Para mais informações e esclarecimentos, entre em contato com a Zoonoses pelo e-mail saude.vszoonoses@barueri.sp.gov.br. Há também informações na página da Vigilância Sanitária.

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