Projeto Silvestre Saudável alia educação com bem-estar animal em Barueri

O Projeto Silvestre Saudável, que foi paralisado por causa da pandemia, está retomando as suas atividades no segundo semestre de 2021 com alunos do curso técnico em Análises Clínicas do Instituto Técnico de Barueri (ITB) do Engenho Novo. Trata-se de uma parceria da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema) com a Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb), que oferece estágio aos estudantes.

O objetivo é colocar em prática os conhecimentos dos alunos para avaliação parasitológica. O material para análise é fornecido pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), unidade responsável por recepcionar animais provenientes do comércio ilegal ou resgates. O resultado auxilia no tratamento das espécies.

Desde 2015, quando teve início o projeto, foram capacitados 130 alunos. Em média, são 20 estudantes participantes por semestre, que durante as restrições da pandemia se prepararam com leituras e orientações sobre parasitas e demais verminoses que atingem os animais silvestres, mas também os seres humanos, já que muitos dos parasitas são considerados uma zoonose, ou seja, causam doenças que podem ser transmitidas dos seres humanos para animais e vice-versa.

Em 2021 está prevista a formação de mais 40 estudantes. 

O requisito para participar é o aluno estar cursando o segundo ano do curso. A capacitação tem duração de seis meses, possibilitando duas turmas por ano letivo. O estudante faz a entrega do relatório e recebe o certificado de estágio na modalidade.

O secretário de Recursos Naturais e Meio Ambiente, Marco Antônio de Oliveira (o Bidu), conta que esta parceria beneficia tanto os alunos, na especialização, quanto o Cetas, na avaliação do estado de saúde dos animais silvestres. “O projeto possibilita o monitoramento da saúde dos animais que são recepcionados pelo Cetas, ao mesmo tempo que capacita os alunos para realização de exames parasitológicos no geral.”, reforça Bidu.

O gestor lembra que o Cetas tem o objetivo de reabilitar e devolver os animais silvestres para o seu habitat natural, sendo fundamental garantir que estejam saudáveis. “Um dos pré-requisitos para encaminhamento dos animais silvestres para projetos de soltura é que eles apresentem um bom estado de saúde. Isso garante maior sobrevivência e evita o risco de disseminação de doenças para o ambiente”, completa o secretário, que também é biólogo.

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