Milton Monti faz campanha com foco em sua experiência e comprometimento para representar a população em Brasília

Milton Monti, 61 anos, iniciou sua vida pública aos 21 anos de idade. E, em sua primeira campanha, foi eleito prefeito de São Manuel, cidade do interior paulista, sendo considerado o prefeito mais jovem do Brasil.
Desde então, são 40 anos de vida pública e muito trabalho, entre eles, a autoria da Lei Geral da Proteção de Dados e um canal educativo sobre política no YouTube. Formado em Economia, atuou como deputado estadual e deputado federal, por cinco mandatos, além de ter sido o secretário de Governo de Barueri.
Nesta eleição, Milton é candidato a deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD) e compõe chapa com Bruna Furlan, candidata a deputada estadual pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Nesta semana, ele esteve em nossa redação para uma entrevista exclusiva, que você confere a seguir!

Como foi ser eleito o prefeito mais jovem do Brasil?
Eu estava fazendo faculdade de Economia e, aos 21 anos, fui eleito o prefeito mais jovem do Brasil. Eu sempre falo que eu votei para mim mesmo e não perdi meu voto porque eu ganhei a eleição. Foi uma coisa bem diferente na época, porque a cidade de São Manuel era muito tradicional politicamente. Era conhecida como a terra de Adhemar de Barros e Laudo Natel, enquanto eu era um jovem, considerado uma novidade, de certa forma. Fui desprezado pelos adversários por conta da minha idade e no fim acabei vencendo as eleições.

E quando surgiu seu interesse na política?
Eu sempre gostei de política. Fui presidente do Centro Acadêmico, na época do colégio, e meu pai tinha sido vereador de São Manuel, há muitos anos. Eu me filiei ao PMDB, em 1980, e fazia parte do grupo de jovens. Na época, a cidade era dominada politicamente pela família Barros e praticamente todo mundo tinha vínculo com eles. Por isso, ninguém se metia em política. Então, os jovens se reuniram e, apesar de algumas das lideranças mais antigas do partido não acreditarem muito na minha eleição, acabei sendo eleito.

Quais eram as chances do senhor se eleger, nessas circunstâncias?
Da minha parte eu acreditava que tinha chances de vencer. Eu representava uma mudança, enquanto o prefeito que me antecedeu estava indo muito mal. Até o salário dos funcionários estava atrasado. Enquanto isso, a outra força política, de um partido opositor, estava em conflito interno e tudo isso foi propício para a minha vitória. Essas questões motivaram as pessoas a apostarem em um jovem de 21 anos para ser prefeito. Foi assim que tudo começou.

E como foi essa experiência, esse desafio de assumir um cargo eletivo tão jovem?
Foi um grande desafio, sem dúvidas. E eu abri mão de muitas coisas porque, como prefeito, não podia fazer coisas que outros jovens da minha idade faziam. Mas, deu certo, eu fiz uma boa gestão e as pessoas reconheceram o meu trabalho, porque depois disso eu fui eleito deputado estadual e fui tendo uma projeção política. Desde então já se vão 40 anos.

Poderia citar um momento marcante dessa trajetória?
O primeiro momento marcante, sem dúvidas, foi a minha eleição aos 21 anos. A partir disso eu entendi que esse era o caminho que eu queria seguir. Outro momento marcante aconteceu também no meu mandato como prefeito. Quando eu assumi a prefeitura o salário dos funcionários estava atrasado e eu fiz questão de pagar todo mundo. Dei um jeito, arrumei recursos e, no oitavo dia de mandato, paguei todos os funcionários, um por um, pessoalmente, entregando um cheque para eles. Eu nunca vou me esquecer daquele dia porque eu percebi que as pessoas viram ali um gesto de que existia esperança e que dias melhores poderiam chegar para a cidade.

O senhor é autor da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD). Como surgiu essa iniciativa?
Isso foi em 2012. Eu fui presidente, por quatro anos, da Frente Parlamentar de Comunicação, por isso, sempre tive um relacionamento com os veículos de comunicação. Nesse período eu participava dos congressos de comunicação e, em 2012, presidi uma mesa de debates que tratava de um tipo inovador de comunicação, que usaria informações pessoais dos usuários de internet e redes sociais, falavam em captura de dados a partir das preferências registradas pelo IP. Por isso, decidimos que seria importante apresentar um projeto relacionado à proteção de dados e reunimos um grupo de especialistas da área. Fui autor do projeto. Na época ele não tinha todas as características que foram aprovadas, mas acabou virando lei e rendeu um debate muito rico em relação ao tema. Inclusive, a Bruna [Furlan] presidiu uma comissão especial sobre a LGPD.

Outro destaque da sua carreira envolve o canal Política sem Mistérios. O que motivou a criação desse canal?
Quando os amigos da minha filha mais velha se reuniam em casa, eles sempre me perguntavam muitas coisas sobre política. Como eu sempre procurava explicar de uma forma mais acessível, eles começaram a sugerir que eu criasse um canal. Isso já tem muitos anos. Então comecei a gravar os vídeos e foi muito interessante. Tive muitos contatos importantes a partir desse canal.

Quais são os pilares da sua campanha?
Minha campanha tem cinco pilares principais: Saúde; Geração de Emprego; Programas Sociais; Educação, Cultura e Esporte; e Segurança e Desenvolvimento. Mas, eu diria que, apesar desses pontos, os pilares da campanha são: a experiência, porque as pessoas buscam pessoas experientes e isso já foi comprovado; e o comprometimento. São duas coisas que eu tenho: experiência e comprometimento. Tenho feito isso ao longo da minha vida toda. Não vai ser fácil, porque a Bruna [Furlan] faz muito pela região, mas estou preparado para cumprir essa lacuna da Bruna, em Brasília. Terei muito trabalho pela frente mas não tem importância, estou preparado e sei como fazer.

Como está sendo essa campanha em parceria com a Bruna e com o apoio do Furlan?
Sou amigo do [Rubens] Furlan há 40 anos. Fomos eleitos prefeitos juntos, em 1982, depois fomos deputado estadual e federal juntos. Quando eu vinha pra São Paulo, pela Castello [Branco], sempre passava em Barueri para tomar um café com ele. E essa amizade se mantém até hoje. A Bruna sempre fala que eu fui um grande parceiro dela, em Brasília, e por conta dessa amizade com o Furlan, sempre acompanhei de perto ela, desde que chegou pra assumir seu primeiro mandato como deputada federal. Por isso, essa parceria com ela é muito importante e me sinto muito honrado por ser o candidato oficial do Furlan.

Quais são suas referências políticas?
A primeira foi Ulysses Guimarães, um ícone. E a segunda Orestes Quércia. Quando ele foi governador do Estado de São Paulo eu era prefeito de São Manuel e éramos do mesmo partido. Ele inclusive foi meu padrinho de casamento. Sempre fomos muito amigos e mantivemos essa amizade por muitos anos. Além disso, sempre admirei muito o trabalho dele como político.

E quais são suas expectativas para essa eleição?
Nós temos um país passando por um momento difícil. Tem muita gente passando fome e infelizmente vejo um país que retrocedeu muito na solidariedade, na inclusão e em outras áreas. Então teremos muito trabalho pela frente. O que eu posso dizer é que eu tenho experiência e vou fazer de tudo para contribuir para que a gente possa melhorar o país. Teremos muito trabalho pela frente e eu até coloquei, entre minhas propostas, que eu sou um candidato que acredito no futuro do Brasil. E eu quero pedir o voto de todos que querem me ver como representante. Quero contribuir para melhorar a vida das pessoas e conto com o voto de todos que acreditam e conhecem meu trabalho.

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