Larissa Oliveira, de Osasco, costura peças criadas por Tom Martins na 55ª São Paulo Fashion Week

Estudo feito pela McKinsey & Company revela que 4% dos gases de efeito estufa liberados em 2018 foram causados pela indústria da moda – isso dá a quantidade de gases emitidos anualmente pela França, Alemanha e Reino Unido. Cada vez mais, profissionais da moda focam em uma produção e consumo de menor impacto social e ambiental.

A 55ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW55), ocorreu de 25 a 28 de maio e apresentou as novas coleções de nomes consolidados e jovens talentos da moda brasileira. O espaço Komplex Templo, na Mooca, teve como destaque o desfile com criações baseadas no conceito de responsabilidade ambiental do estilista Tom Martins que misturou ousadia, tecnologia e meio ambiente. Algumas peças foram costuradas por Larissa Oliveira, designer de moda e embaixadora do Movimento Fashion Revolution, em Osasco. A próxima edição acontecerá entre os dias 16 e 20 de novembro.

Tom Martins levou para a passarela quatro looks orgânicos com folhagens plantadas nas mangas, na frente e em outras partes das roupas.  A técnica desenvolve peças com plantas naturais que crescem sobre o tecido. Um dos looks foi usado pela modelo e atriz Camila Queiroz, que interpreta Marê, protagonista da novela global “Amor Perfeito”.

Na passarela os modelos mostraram que moda, sustentabilidade e preservação dos recursos naturais da Terra combinam perfeitamente. O tecido bege foi importado da Espanha, de onde vem a tecnologia. Tom Martins desenhou peças com cortes amplos e ombros deslocados, que já fazem parte do estilo da marca.

A criadora por trás do processo das quatro peças com a temática ambiental é Paula Ulargui Escalona, estilista espanhola que desenvolveu a proposta durante seu TCC, dois anos atrás, pelo Istituto Europeo di Design (IED) em Madrid. Paula orientou Tom Martins desde quais sementes usar e qual o procedimento correto para que elas germinassem (as roupas tinham, inclusive, de ser regadas). As demais peças do desfile foram produzidas com tecidos comuns.

“Foram mais de 100 peças e fiz parte da equipe de desenvolvimento. Foram vários modelistas que participaram para que todas as peças ficassem prontas em tempo hábil. Fiquei emocionada em ver, na passarela, as peças que costurei. Por trás das cortinas há pessoas imprescindíveis e que dão os retoques finais aos looks que pouco depois aparecerão em revistas, jornais, campanhas publicitárias e vão habitar o imaginário das pessoas. Todos estão de parabéns pelo lindo resultado do trabalho.”, resumiu Larissa Oliveira.

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