Greve de ônibus em SP: motoristas paralisam serviços após atraso no 13º salário
Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo iniciaram uma paralisação na tarde desta terça-feira (9) após a falta de pagamento da primeira parcela do 13º salário e do vale-refeição de férias, atrasado desde setembro. A mobilização afeta linhas municipais e deve impactar gradualmente os passageiros ao longo do dia.
Sindmotoristas confirma atraso de benefícios
Segundo o Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), as negociações sobre o pagamento do vale-refeição de férias vinham sendo discutidas até sexta-feira (5). No entanto, o sindicato afirma que recebeu a informação de que os profissionais também não haviam recebido a primeira parcela do 13º salário, ampliando o motivo da greve.
Diante da situação, o sindicato orientou que os motoristas que estavam em operação retornassem às garagens das empresas, iniciando a paralisação.
Impacto deve aumentar ao longo do dia
O sindicato explica que o impacto total na rotina da população deve ocorrer de forma progressiva, já que muitos motoristas ainda estavam em trânsito no momento do anúncio da greve.
Prefeitura de São Paulo diz que repasses estão em dia
Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo informou que os repasses às empresas de ônibus estão em dia e que o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é responsabilidade exclusiva das concessionárias.
A gestão municipal também afirmou que, a pedido do prefeito Ricardo Nunes, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes e a SPTrans registraram um Boletim de Ocorrência contra as empresas que aderiram à paralisação sem aviso prévio, o que, segundo a administração, fere a legislação.
Ainda no comunicado, a Prefeitura declarou solidariedade aos usuários que dependem do transporte público e que, nesta terça-feira, sofrem com o que classificou como “descaso, irresponsabilidade e falta de compromisso” das concessionárias com a população.
